São Paulo - Em dia de volume reduzido, as variações do dólar ante o real estavam contidas diante da cautela de investidores por conta do impasse político nos Estados Unidos sobre a paralisação do governo e a elevação do teto da dívida.

Às 10h51, o dólar tinha variação negativa de 0,06 por cento, a 2,2100 reais na venda, trocando de sinal ao sabor do fluxo. Na máxima do dia, tocou 2,2211 reais, alta de 0,46 por cento.

"É uma oscilação normal porque o pregão está de olho para saber o que vai acontecer nos EUA", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

O impasse orçamentário entre democratas e republicanos prolongava a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos e deixava os investidores preocupados, uma vez que contamina as negociações sobre o aumento teto da dívida norte-americana.

Segundo o secretário do Tesouro, Jack Lew, os Estados Unidos irá esgotar sua capacidade de empréstimo até no máximo 17 de outubro, data em que terá apenas cerca de 30 bilhões de dólares na mão.

No domingo, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, também prometeu que não iria elevar o teto da dívida norte-americana sem uma "conversa séria" sobre o que está levando à dívida, enquanto os democratas disseram que aumentar a possibilidade de um calote era irresponsável e imprudente.

"A paralisação é negativa para os países emergentes, pois ela cria incertezas e neutraliza a decisão dos especuladores de virem para este tipo de mercado", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Ainda nesta segunda-feira, o Banco Central realizou mais uma etapa do programa de intervenções diárias, com a venda dos 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional com vencimento em 5 de março de 2013, numa operação com volume de 497,8 milhões de dólares.