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Dólar tem mínima em 3 meses e mercado mira atuação do BC

A divisa norte-americana caiu 0,76 por cento, para 1,7339 real na venda, no menor patamar de encerramento desde 31 de outubro, quando a taxa de câmbio ficou em 1,7026 real

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 17h16.

São Paulo - O apetite por risco no mercado internacional derrubou o dólar à mínima em três meses ante o real nesta quarta-feira, em meio também a contínuos fluxos de recursos, que têm aumentando a expectativa em torno de uma atuação do Banco Central para conter a derrocada da moeda.

A divisa norte-americana caiu 0,76 por cento, para 1,7339 real na venda. É o menor patamar de encerramento desde 31 de outubro, quando a taxa de câmbio ficou em 1,7026 real.

Ante uma cesta de moedas, o dólar perdia cerca de x por cento no final da tarde, enquanto o euro e divisas de perfil semelhante ao real, como os dólares australiano e neozelandês, registravam sólidas altas.

O bom humor do mercado nesta sessão teve suporte em números melhores sobre a atividade industrial na China e na Alemanha em janeiro, segunda e quarta maiores economias do mundo, respectivamente. Os dados aliviaram temores quanto ao desempenho da atividade em nível global, apesar de em outros locais a indústria ter mostrado sinais de fraqueza.

No Brasil, segundo operadores, apesar da saída líquida de dólares na semana passada, os investidores estrangeiros continuam procurando os ativos brasileiros, aumentando as expectativas de mais entradas de divisas.

Na semana passada, segundo dados do Banco Central, houve saída líquida de 153 milhões de dólares. No entanto, no mês, até a última sexta-feira, o saldo ainda era positivo em 6,501 bilhões de dólares, já a maior cifra desde setembro fechado, quando o superávit havia ficado em 8,484 bilhões de dólares.


O mercado tem chamado a atenção para as emissões externas feitas por importantes empresas brasileiras, que podem aumentar o fluxo ao país. A Petrobras, por exemplo, lançou nesta sessão um total de 7 bilhões de dólares em bônus no exterior, acima da expectativa inicial de 6 bilhões de dólares, segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Ainda de acordo com o IFR, a demanda pelos papéis estava em cerca de 25 bilhões de dólares.

Segundo uma fonte, a processadora de carnes brasileira Minerva teria iniciado procedimentos nesta quarta-feira para emitir entre 250 milhões e 300 milhões de dólares em títulos no mercado internacional.

"As empresas estão aproveitando esse momento menos conturbado lá fora para captar. E se as coisas continuarem estabilizadas no exterior, podemos ver mais dinheiro ingressando ao Brasil mais na frente", afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, lembrando que isso pode aumentar as chances de o BC voltar a comprar dólares no mercado.

A autoridade monetária não adquire dólares no segmento à vista desde setembro do ano passado, quando o agravamento da crise internacional provocou uma onda global de aversão a risco que fez o dólar disparar.

Mas os fortes ingressos de recursos têm aumentando as expectativas por uma ação do BC, uma que vez a taxa de câmbio tem se aproximado de 1,70 real, patamar considerado pelo mercado como um piso informal para o BC agir.

"Acho que se de fato o BC entrar, vai comprar no à vista", acrescentou Rostagno.

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São Paulo - O apetite por risco no mercado internacional derrubou o dólar à mínima em três meses ante o real nesta quarta-feira, em meio também a contínuos fluxos de recursos, que têm aumentando a expectativa em torno de uma atuação do Banco Central para conter a derrocada da moeda.

A divisa norte-americana caiu 0,76 por cento, para 1,7339 real na venda. É o menor patamar de encerramento desde 31 de outubro, quando a taxa de câmbio ficou em 1,7026 real.

Ante uma cesta de moedas, o dólar perdia cerca de x por cento no final da tarde, enquanto o euro e divisas de perfil semelhante ao real, como os dólares australiano e neozelandês, registravam sólidas altas.

O bom humor do mercado nesta sessão teve suporte em números melhores sobre a atividade industrial na China e na Alemanha em janeiro, segunda e quarta maiores economias do mundo, respectivamente. Os dados aliviaram temores quanto ao desempenho da atividade em nível global, apesar de em outros locais a indústria ter mostrado sinais de fraqueza.

No Brasil, segundo operadores, apesar da saída líquida de dólares na semana passada, os investidores estrangeiros continuam procurando os ativos brasileiros, aumentando as expectativas de mais entradas de divisas.

Na semana passada, segundo dados do Banco Central, houve saída líquida de 153 milhões de dólares. No entanto, no mês, até a última sexta-feira, o saldo ainda era positivo em 6,501 bilhões de dólares, já a maior cifra desde setembro fechado, quando o superávit havia ficado em 8,484 bilhões de dólares.


O mercado tem chamado a atenção para as emissões externas feitas por importantes empresas brasileiras, que podem aumentar o fluxo ao país. A Petrobras, por exemplo, lançou nesta sessão um total de 7 bilhões de dólares em bônus no exterior, acima da expectativa inicial de 6 bilhões de dólares, segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Ainda de acordo com o IFR, a demanda pelos papéis estava em cerca de 25 bilhões de dólares.

Segundo uma fonte, a processadora de carnes brasileira Minerva teria iniciado procedimentos nesta quarta-feira para emitir entre 250 milhões e 300 milhões de dólares em títulos no mercado internacional.

"As empresas estão aproveitando esse momento menos conturbado lá fora para captar. E se as coisas continuarem estabilizadas no exterior, podemos ver mais dinheiro ingressando ao Brasil mais na frente", afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, lembrando que isso pode aumentar as chances de o BC voltar a comprar dólares no mercado.

A autoridade monetária não adquire dólares no segmento à vista desde setembro do ano passado, quando o agravamento da crise internacional provocou uma onda global de aversão a risco que fez o dólar disparar.

Mas os fortes ingressos de recursos têm aumentando as expectativas por uma ação do BC, uma que vez a taxa de câmbio tem se aproximado de 1,70 real, patamar considerado pelo mercado como um piso informal para o BC agir.

"Acho que se de fato o BC entrar, vai comprar no à vista", acrescentou Rostagno.

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