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Dólar tem leves variações e gira em torno de R$3,90

Às 10h30, o dólar avançava 0,08%, a 3,9001 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana caiu a 3,8722 reais e, na máxima, foi a 3,9101 reais


	Dólares: investidores têm ficado às margens do mercado nos últimos dias, afetados pelo quadro local incerto. O baixo volume de negócios, por sua vez, deixa o mercado mais sensível a operações pontuais
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: investidores têm ficado às margens do mercado nos últimos dias, afetados pelo quadro local incerto. O baixo volume de negócios, por sua vez, deixa o mercado mais sensível a operações pontuais (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 10h50.

São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas e girava em torno de 3,90 reais nesta quarta-feira, flutuando ao sabor de operações pontuais, com investidores evitando fazer grandes transações em meio às incertezas políticas e econômicas no Brasil e antes da decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta tarde.

Às 10:30, o dólar avançava 0,08 por cento, a 3,9001 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana caiu a 3,8722 reais e, na máxima, foi a 3,9101 reais.

"Com o giro fraco de negócios, qualquer operação maior pode intensificar a volatilidade", escreveu em nota a clientes o operador da corretora Correparti Guilherme Esquelbek.

Investidores têm ficado às margens do mercado nos últimos dias, afetados pelo quadro local incerto. O baixo volume de negócios, por sua vez, deixa o mercado mais sensível a operações pontuais.

Na véspera, o governo previu que o setor público consolidado fechará o ano com déficit primário de cerca de 50 bilhões de reais, mas esse número pode piorar ainda mais se houver frustração de receitas e contabilizar o pagamento das chamadas "pedaladas fiscais".

A deterioração das contas públicas do país tem alimentado preocupações com a possível perda do selo de bom pagador do país com outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.

Nesta sessão, a proximidade do anúncio da decisão do Fed, às 16h (horário de Brasília), também servia de argumento para prudência. A expectativa é de que o banco central norte-americano mantenha sua taxa de juros perto de zero, o que tende a favorecer mercados emergentes, mas dê uma sinalização mais contundente sobre quando pretende dar início ao primeiro ciclo de aperto monetário em cerca de uma década.

"A comunicação do Fed tem sido mais ou menos contraditória: alguns diretores dizem que os juros sobem até o fim do ano, outros dizem que em 2016. O Fed deve aproveitar a oportunidade para clarear um pouco a perspectiva", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesse contexto, o dólar operava de lado em relação às principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

No início da tarde, às 14h, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, falará à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal sobre o mercado de câmbio, o que também deve atrair a atenção dos investidores.

Nesta manhã, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

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