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Dólar ultrapassa R$3,83 apesar de leilão de linha do BC

Às 11h03, o dólar avançava 0,86%, a 3,8308 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,8352 reais

BC: o Banco Central anunciou 2,5 bilhões de dólares em dois leilões de linha para esta manhã, além da oferta de até 8.800 swaps cambiais tradicionais (Gary Cameron/Reuters)

BC: o Banco Central anunciou 2,5 bilhões de dólares em dois leilões de linha para esta manhã, além da oferta de até 8.800 swaps cambiais tradicionais (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2018 às 09h47.

Última atualização em 27 de junho de 2018 às 12h04.

São Paulo - O dólar operava com alta firme nesta quarta-feira influenciado pelo cenário externo, em dia de liquidez comprometida devido ao jogo entre Brasil e Sérvia às 15h pela Copa do Mundo, apesar de o Banco Central ter anunciado nova intervenção no mercado cambial por meio de leilões de linha --venda com compromisso de recompra.

Às 11:03, o dólar avançava 0,86 por cento, a 3,8308 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,8352 reais. Na véspera, a moeda já havia subido 0,53 por cento. O dólar futuro subia 0,9 por cento.

"A conjuntura atual não nos ajuda em nada. Além de o cenário externo não estar ajudando, não temos nada para comemorar no doméstico", avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O dólar subia ante a cesta de moedas e encostava nos 95 nesta sessão, além de se valorizar ante as moedas de países emergentes e exportadores de commodities.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que vai usar um processo de revisão de segurança aprimorado para lidar com as ameaças de investimentos da China de adquirir tecnologia norte-americana em vez de impor restrições específicas.

Internamente, o mercado ponderava a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de soltar o ex-ministro José Dirceu, e as consequências em relação à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Solto, Lula poderia atuar como cabo eleitoral de algum candidato que, na visão do mercado, seria menos comprometido com reformas e ajuste fiscal.

O lado fiscal, depois do fracasso da reforma da Previdência no começo deste ano, voltou aos holofotes com o acordo firmado entre governo e caminhoneiros para encerrar a greve da categoria, que terminou com impacto bilionário sobre as contas públicas.

O BC anunciou 2,5 bilhões de dólares em dois leilões de linha para esta manhã, além da oferta de até 8.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no futuro, para rolagem do vencimento de julho.

Nos leilões de linha, aceitou três propostas na primeira oferta, totalizando 275 milhões de dólares, e duas propostas na segunda, ou 2,150 bilhões de dólares.

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