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Dólar tem leve alta, de olho em exterior e ação do BC

Às 9h12, o dólar avançava 0,52 %, a 3,5468 reais na venda, após cair quase 2 % na sessão passada

Dólares: uma fonte da equipe econômica disse que o BC vai trabalhar com uma "mão mais leve" no mercado de câmbio no curto prazo (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 10h46.

São Paulo - O dólar avançava sobre o real nesta quarta-feira, com investidores adotando cautela diante de notícias indicando que o vice-presidente Michel Temer tem encontrado dificuldades para montar uma equipe econômica para caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff se concretize.

A volta do Banco Central ao mercado após um dia de ausência também contribuía para a alta da moeda norte-americana, embora a autoridade monetária tenha reduzido o tamanho de sua intervenção na comparação com os leilões das últimas semanas.

Às 10:19, o dólar avançava 0,77%, a 3,5556 reais na venda, após cair quase 2% na terça-feira.

A moeda norte-americana atingiu 3,5673 reais na máxima desta sessão. O dólar futuro subia cerca de 0,6%.

"Agora o mercado vê o afastamento (de Dilma) como dado e está focado detalhes do governo Temer. Com a crise econômica como está, parece que não vai ser muito fácil encontrar quem aceite segurar o tranco", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Notícias veiculadas na imprensa indicaram que pessoal cotadas para encabeçar a equipe econômica no provável governo Temer, como o ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, já recusaram o convite.

A perspectiva de uma equipe de formação técnica e de postura econômica mais ortodoxa vinha animando o mercado nas últimas semanas.

Também contribuía para a alta da moeda norte-americana a atuação do BC, que vendeu nesta terça-feira a oferta integral até 20 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares.

A atuação foi menos intensa do que nas últimas semanas, porém, quando o BC chegou a realizar cinco leilões de até 80 mil swaps reversos em uma única sessão. Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que o BC vai trabalhar com uma "mão mais leve" no mercado de câmbio no curto prazo.

O BC também informou na noite passada que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, que equivalem a venda futura de dólares.

Com isso, deixará vencer o equivalente a 8,6 bilhões de dólares, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de 31 bilhões de dólares em swaps reversos até agora.

"O BC tem conduzido o câmbio com bastante prudência, adequando-se às necessidades do mercado. Isso dá alguma segurança para o operador", disse o operador de um banco internacional.

Nesta sessão, o quadro externo um pouco mais desfavorável também contribuía para elevar as cotações do dólar, com nova queda do preço do petróleo.

O salto da commodity havia alimentado o otimismo no mercado brasileiro na sessão passada.

Matéria atualizada às 10h46

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São Paulo - O dólar avançava sobre o real nesta quarta-feira, com investidores adotando cautela diante de notícias indicando que o vice-presidente Michel Temer tem encontrado dificuldades para montar uma equipe econômica para caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff se concretize.

A volta do Banco Central ao mercado após um dia de ausência também contribuía para a alta da moeda norte-americana, embora a autoridade monetária tenha reduzido o tamanho de sua intervenção na comparação com os leilões das últimas semanas.

Às 10:19, o dólar avançava 0,77%, a 3,5556 reais na venda, após cair quase 2% na terça-feira.

A moeda norte-americana atingiu 3,5673 reais na máxima desta sessão. O dólar futuro subia cerca de 0,6%.

"Agora o mercado vê o afastamento (de Dilma) como dado e está focado detalhes do governo Temer. Com a crise econômica como está, parece que não vai ser muito fácil encontrar quem aceite segurar o tranco", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Notícias veiculadas na imprensa indicaram que pessoal cotadas para encabeçar a equipe econômica no provável governo Temer, como o ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, já recusaram o convite.

A perspectiva de uma equipe de formação técnica e de postura econômica mais ortodoxa vinha animando o mercado nas últimas semanas.

Também contribuía para a alta da moeda norte-americana a atuação do BC, que vendeu nesta terça-feira a oferta integral até 20 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares.

A atuação foi menos intensa do que nas últimas semanas, porém, quando o BC chegou a realizar cinco leilões de até 80 mil swaps reversos em uma única sessão. Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que o BC vai trabalhar com uma "mão mais leve" no mercado de câmbio no curto prazo.

O BC também informou na noite passada que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, que equivalem a venda futura de dólares.

Com isso, deixará vencer o equivalente a 8,6 bilhões de dólares, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de 31 bilhões de dólares em swaps reversos até agora.

"O BC tem conduzido o câmbio com bastante prudência, adequando-se às necessidades do mercado. Isso dá alguma segurança para o operador", disse o operador de um banco internacional.

Nesta sessão, o quadro externo um pouco mais desfavorável também contribuía para elevar as cotações do dólar, com nova queda do preço do petróleo.

O salto da commodity havia alimentado o otimismo no mercado brasileiro na sessão passada.

Matéria atualizada às 10h46

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