Mercados

Dólar tem leve alta de 0,21%, com cenário externo e fluxo

O dólar fechou com alta de 0,21 por cento, a 2,0396 reais para venda

Ao longo do dia, as cotações do dólar devem ficar mais perto da estabilidade, assim como ocorre no exterior (Alex Wong/Getty Images)

Ao longo do dia, as cotações do dólar devem ficar mais perto da estabilidade, assim como ocorre no exterior (Alex Wong/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 17h48.

São Paulo - Com a decisão do Copom corroborando com o que o mercado esperava e havia antecipado nos preços dos ativos, o segmento de câmbio replicou nesta quinta-feira o andamento da moeda norte-americana no exterior. A aversão ao risco alimentou a valorização do dólar ante a maioria das moedas e, aqui, a cotação fechou em R$ 2,038, com alta de 0,10%. No mercado à vista da BM&F, o dólar encerrou o pregão a R$ 2,0405, com valorização de 0,12% e, às 16h55, o dólar agosto era cotado a R$ 2,046, com avanço de 0,10%.

Na noite passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou a oitava redução seguida da Selic, taxa básica da economia brasileira, de 0,5 ponto porcentual, para 8,0% ao ano, dentro das expectativas do mercado.

Na Europa, apesar da pausa na sequência de notícias negativas que têm abalado os mercados, os investidores foram incapazes de se animar para assumir riscos. A preocupação com a atividade global volta a pautar as decisões de negócios, visto que as lideranças dos países desenvolvidos vão frustrando as expectativas criadas lá atrás, nas reuniões do G-20 e da União Europeia.

Depois desses encontros e das medidas expansionistas adotadas na Europa, as atenções voltaram-se principalmente para eventuais ações do banco central norte-americano, o Federal Reserve.


As medidas não surgiram e, na véspera, a ata da última reunião do comitê de política monetária dos Estados Unidos mostrou que o Fed não tem pressa em adotar um novo programa de injeção de liquidez na economia norte-americana, com alguns membros defendendo que isso só se justificaria se a recuperação econômica perdesse ainda mais força ou se a inflação caísse.

Para completar as decepções, o Banco do Japão (BoJ) também optou por medidas tímidas para incentivar a atividade do país. O BoJ decidiu manter a taxa básica de juros entre 0,0% e 0,1% e anunciou uma ampliação no programa de compra de títulos do governo que os investidores consideraram insuficiente.

Além disso, os investidores adotaram um comportamento de cautela diante da agenda de indicadores da China. No final desta noite, o gigante asiático divulgará os dados do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano. Também saem números de vendas no varejo, investimentos em ativos fixos e produção industrial, todos referentes ao mês de junho.

Os operadores ressaltaram ainda que as oscilações do dólar, internamente, continuam sendo limitadas pela percepção de que o Banco Central está disposto a agir para manter o dólar dentro do intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,10.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Pacote fiscal terá um impacto total de R$ 46 bilhões em dois anos, estima BTG Pactual

Ibovespa vira para alta após declaração de Arthur Lira

Dólar segue acima de R$ 6 e pode renovar maior patamar da história

Repercussão do pacote fiscal, taxa de desemprego e Black Friday: os assuntos que movem o mercado