Dólar sobe quase 1% e se aproxima de R$2,25
Movimento era impulsionado pela estratégia do Banco Central para as rolagens de swaps cambiais e em meio à briga antes da formação da Ptax de maio
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2014 às 12h22.
São Paulo - O dólar subia em direção ao teto informal de 2,25 reais nesta sexta-feira impulsionado pela estratégia do Banco Central para as rolagens de swaps cambiais e em meio à briga antes da formação da Ptax de maio.
Este é o último dia que o Banco Central tem para rolar os contratos que vencem na próxima segunda-feira e ainda resta cerca de metade do lote total, correspondente a 9,653 bilhões de dólares.
Às 12h08, o dólar avançava 0,60 por cento, a 2,2374 reais na venda, após chegar a 2,2468 reais na máxima do dia, valorização superior a 1 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 400 milhões de dólares.
"Considerando que tem mais ou menos 5 bilhões de dólares para vencer em swaps, o mercado quer ainda mais puxar a Ptax para cima", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
Ele referia-se à taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Nos últimos pregões do mês, investidores costumam brigar para empurrar a taxa, que será divulgada por volta da hora do almoço, para patamares mais favoráveis a suas posições.
Boa parte do mercado avalia que a autoridade monetária não gostaria que o dólar recuasse abaixo do nível de 2,20 reais, com medo de eventuais impactos sobre as exportações. Por outro lado, o nível de 2,25 reais é visto como um teto informal, pois valorizações acima desse patamar pressionariam a inflação.
A divisa dos EUA tem oscilado dentro dessa banda desde o início de abril.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps nas atuações diárias, com volume equivalente a 198,5 milhões de dólares. Foram 500 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,5 mil para 2 de fevereiro do próximo.
Em seguida, também vendeu a oferta total no leilão de rolagem, indicando que deve deixar vencer cerca de metade dos swaps que vencem na segunda-feira. Analistas acreditam que a rolagem parcial deve continuar no mês que vem.
A apreciação do dólar no Brasil estava mais forte do que outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Contra o euro, contudo, a divisa dos EUA tinha leve queda. O mercado aguarda a reunião do Banco Central Europeu (BCE), na semana que vem, sob expectativa de novos estímulos.
Além disso, a alta dos juros dos títulos norte-americanos de 10 anos, que atingiram as mínimas em 11 meses nesta semana, atraía para os EUA recursos aplicados em economias como o Brasil.
"A gente tem visto uma forte correlação entre os Treasuries e o câmbio no Brasil. É natural que depois de uma queda tão expressiva nos últimos dias, a alta de hoje faça algum estrago aqui", afirmou o operador de câmbio de um importante banco nacional.
São Paulo - O dólar subia em direção ao teto informal de 2,25 reais nesta sexta-feira impulsionado pela estratégia do Banco Central para as rolagens de swaps cambiais e em meio à briga antes da formação da Ptax de maio.
Este é o último dia que o Banco Central tem para rolar os contratos que vencem na próxima segunda-feira e ainda resta cerca de metade do lote total, correspondente a 9,653 bilhões de dólares.
Às 12h08, o dólar avançava 0,60 por cento, a 2,2374 reais na venda, após chegar a 2,2468 reais na máxima do dia, valorização superior a 1 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 400 milhões de dólares.
"Considerando que tem mais ou menos 5 bilhões de dólares para vencer em swaps, o mercado quer ainda mais puxar a Ptax para cima", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
Ele referia-se à taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Nos últimos pregões do mês, investidores costumam brigar para empurrar a taxa, que será divulgada por volta da hora do almoço, para patamares mais favoráveis a suas posições.
Boa parte do mercado avalia que a autoridade monetária não gostaria que o dólar recuasse abaixo do nível de 2,20 reais, com medo de eventuais impactos sobre as exportações. Por outro lado, o nível de 2,25 reais é visto como um teto informal, pois valorizações acima desse patamar pressionariam a inflação.
A divisa dos EUA tem oscilado dentro dessa banda desde o início de abril.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps nas atuações diárias, com volume equivalente a 198,5 milhões de dólares. Foram 500 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,5 mil para 2 de fevereiro do próximo.
Em seguida, também vendeu a oferta total no leilão de rolagem, indicando que deve deixar vencer cerca de metade dos swaps que vencem na segunda-feira. Analistas acreditam que a rolagem parcial deve continuar no mês que vem.
A apreciação do dólar no Brasil estava mais forte do que outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Contra o euro, contudo, a divisa dos EUA tinha leve queda. O mercado aguarda a reunião do Banco Central Europeu (BCE), na semana que vem, sob expectativa de novos estímulos.
Além disso, a alta dos juros dos títulos norte-americanos de 10 anos, que atingiram as mínimas em 11 meses nesta semana, atraía para os EUA recursos aplicados em economias como o Brasil.
"A gente tem visto uma forte correlação entre os Treasuries e o câmbio no Brasil. É natural que depois de uma queda tão expressiva nos últimos dias, a alta de hoje faça algum estrago aqui", afirmou o operador de câmbio de um importante banco nacional.