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Dólar sobe mais de 1% e bate R$ 4 por impasse comercial; Ibovespa cai 2%

Às 12:01, o dólar avançava 1,26%, a 3,9940 reais na venda. Na máxima, a moeda chegou a 4,0054 reais; Ibovespa recuava 1,98%, a 92.393,85 pontos

Câmbio: dólar avançava cerca de 1 por cento ante o real nesta segunda-feira (Denis Vostrikov/Getty Images)

Câmbio: dólar avançava cerca de 1 por cento ante o real nesta segunda-feira (Denis Vostrikov/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2019 às 09h22.

Última atualização em 13 de maio de 2019 às 12h28.

São Paulo — O dólar avançava cerca de 1 por cento ante o real nesta segunda-feira e operava perto do patamar de 4 reais diante da aversão ao risco no exterior, com uma escalada das tensões entre China e Estados Unidos após Pequim anunciar plano de retaliar o aumento tarifário de Washington.

Às 12:01, o dólar avançava 1,26%, a 3,9940 reais na venda. Na máxima, a moeda chegou a 4,0054 reais. A última vez que o dólar atingiu a casa de 4 reais havia sido em 7 de maio.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,24%, a 3,9443 reais na venda, mas na semana a cotação subiu 0,13 por cento, na quinta semana consecutiva de alta.

O dólar futuro tinha alta de 1,1% neste pregão.

Pequim anunciou por meio de comunicado nesta manhã que planeja elevar de 5% a 25% as tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos importados dos EUA, com a taxa entrando em vigor em 1º de junho.

A medida anunciada pelos chineses nesta segunda-feira endossa o sentimento de que a possibilidade de um acordo comercial pode ter se esvaído, uma vez que nenhuma das duas partes parece disposta a ceder.

Além da elevação das tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, comece a impor tarifas sobre as demais importações chinesas, o que inclui cerca de outros 300 bilhões de dólares em produtos.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês havia afirmando mais cedo que a China nunca vai se render à pressão externa.

A leitura de que as tarifas devem durar por um longo período "acaba por penalizar o sentimento de investidores, que acabam - cada vez mais - a optar por posições mais defensivas enquanto busca-se compreender os efeitos de uma guerra comercial dessa magnitude, inclusive com a possibilidade de se tornar a 'nova normal'", avaliou a corretora H.Commcor, em nota.

Do lado doméstico, que fica como pano de fundo neste pregão, participantes do mercado seguem monitorando avanços na tramitação da Previdência, que atualmente se encontra na comissão especial da Câmara dos Deputados, e o noticiário político em geral.

Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes. No domingo, o presidente prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda pela inflação neste ano, um dia depois de dizer que é preciso aprovar a reforma da Previdência "sem tantas modificações para que o mercado ganhe a confiança no Brasil".

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em oito operações, o BC já rolou 2,020 bilhões de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

Bolsa

A bolsa paulista mostrava fortes perdas nesta segunda-feira, contaminada pelo viés negativo no exterior em meio à escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China, com Pequim retaliando com anúncio de tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.

Às 10:17, o Ibovespa caía 1,98%, a 92.393,85 pontos.

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