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Dólar sobe e volta a R$3,30 com cautela antes do Fed

O dólar avançou 0,73 por cento, a 3,3084 reais na venda, maior patamar desde 28 de dezembro (3,3144 reais)

Dólar: na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,3110 reais (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar: na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,3110 reais (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 17h09.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 17h13.

São Paulo - O dólar subiu pela segunda sessão consecutiva e retomou o patamar de 3,30 reais nesta terça-feira, com os investidores à espera da decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre as taxas de juros e os passos seguintes da sua política monetária.

O dólar avançou 0,73 por cento, a 3,3084 reais na venda, maior patamar desde 28 de dezembro (3,3144 reais). Nestes dois pregões, acumulou elevação de 0,90 por cento.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,3110 reais. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

"(A reunião leva) os investidores a evitarem qualquer esboço de busca por risco enquanto o resultado não é conhecido", escreveu a corretora H.Commcor em relatório.

O mercado dá como certo o primeiro aumento dos juros nos Estados Unidos no dia seguinte e a questão é saber se esse será o primeiro de um total de três altas, como prevê por enquanto o próprio Fed, ou se haverá indicações de que o ritmo será mais forte.

Recente pesquisa Reuters mostrou que o Fed elevará os juros nesta semana, disseram todos os 104 economistas ouvidos entre 5 e 13 de março, com mais três altas esperadas para este ano, impulsionadas pelo sólido mercado de trabalho. No levantamento feito há algumas semanas, as projeções eram de três altas neste ano

Taxas mais altas na maior economia do mundo podem atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, mas operava misto ante as divisas de países emergentes, em alta ante o peso mexicano e baixa sobre o rand sul-africano.

Internamente, os investidores também trabalharam de olho na cena política, com maiores pressões sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para que volte a julgar a execução da pena após encerrados os recursos na segunda instância.

Para o mercado, se mudar esse entendimento, reduz a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso e, assim, não concorrer à Presidência neste ano. Lula foi condenado em segunda instância e, agora, espera o resultado dos recursos.

O ex-presidente é visto pelos mercados como um político menos comprometido com o ajuste fiscal, considerado importante para colocar as contas públicas do país em ordem.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 4,9 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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