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Dólar sobe ante real por S&P, mas se afasta das máximas

A taxa de câmbio fechou em alta de 0,31 por cento, para 1,7901 real na venda

No acumulado da semana, o dólar caiu 3,28 por cento, por conta do fluxo mais intenso, segundo operadores. (Getty Images)

No acumulado da semana, o dólar caiu 3,28 por cento, por conta do fluxo mais intenso, segundo operadores. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 17h26.

São Paulo- O dólar  fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, reagindo à aversão a risco nas praças internacionais após uma onda de notícias de que a agência de classificação de risco rebaixará ainda nesta sessão vários países da zona do euro, num revés aos esforços locais para combater a crise na região.

A moeda norte-americana, contudo, terminou o dia longe das máximas. Segundo um operador de uma corretora paulista, prevaleceu no mercado a ideia de que o Brasil seguirá atraindo recursos no curto prazo, o que tende por ora a impedir altas muitos acentuadas da cotação.

A taxa de câmbio fechou em alta de 0,31 por cento, para 1,7901 real na venda. O dólar começou o dia em baixa, atingindo 1,7706 real (-0,78 por cento) na mínima, passou a subir no início da tarde, com máxima de 1,8086 real (+1,35 por cento) e arrefeceu o movimento no final.

No acumulado da semana, o dólar caiu 3,28 por cento, por conta do fluxo mais intenso, segundo operadores.

Mas o euro seguia em forte queda no final da tarde, abaixo de 1,27 dólar, enquanto as bolsas de valores em Nova York recuavam cerca de 1 por cento e o índice de volatilidade da CBOE -termômetro do nervosismo dos investidores- saltava mais de 7 por cento.

O ministro francês das Finanças, François Baroin, afirmou no final da tarde que a França foi alertada de que seu rating será reduzido em um grau, após uma série de notícias sobre a agência de classificação de risco Standard and Poor's rebaixar ainda nesta sexta-feira vários países da zona do euro.

O economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, reconhece que o corte dos ratings de países europeus não é bom, mas pondera que o impacto desse evento pode ser limitado, uma vez que a injeção de liquidez por parte do Banco Central Europeu (BCE) no sistema bancário europeu e a relativa solidez nos indicadores econômicos norte-americanos apontam um quadro menos temível.

"Com isso, não vejo grande espaço para o dólar subir muito. Não acho pouco provável os mercados voltarem a se estabilizar até o meio da próxima semana", afirmou.

Segundo Barbutti, as perspectivas de novos ingressos de recursos ao país também limitam expressivas altas do dólar. Grandes empresas brasileiras e o próprio governo anunciaram captações externas há poucos dias, e há expectativas de que o fluxo nesta semana já tenha melhorado, após saldo negativo nos primeiros cinco dias úteis de janeiro.

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