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Dólar bate R$4,10 pela primeira vez desde setembro

Às 9:09, o dólar avançava 0,84 por cento, a 4,0889 reais na venda, após atingir 4,0981 reais na máxima da sessão


	Dólar: às 9:09, o dólar avançava 0,84 por cento
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: às 9:09, o dólar avançava 0,84 por cento (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 09h22.

São Paulo - O dólar avançou a 4,10 reais pela primeira vez desde setembro nesta quarta-feira, refletindo o quadro de aversão a risco nos mercados globais diante de novo tombo dos preços do petróleo.

Às 10:03, o dólar avançava 0,79 por cento, a 4,0870 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 4,1006 reais na máxima da sessão, maior nível intradia desde 29 de setembro, quando alcançou 4,1551 reais.

"Prevalece a aversão a risco nos mercados internacionais. O petróleo não para de cair e todo alívio tem se mostrado temporário", disse o operador da corretora Correparti Guilherme França Esquelbek.

O petróleo nos EUA atingiu sua menor cotação desde 2003, refletindo a sobreoferta nos mercados globais e expectativas de demanda fraca diante da fraqueza no crescimento econômico global.

O recuo da commodity arrastou consigo as bolsas chinesas, ofuscando expectativas de estímulos econômicos. Preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo também vêm contribuindo para a apreensão nos mercados globais.

No Brasil, a pressão era corroborada por incertezas sobre a estratégia do governo para enfrentar a crise econômica. Além de preocupações com a possibilidade de que o governo possa recorrer ao afrouxamento fiscal para estimular a atividade, alguns operadores temem que o Banco Central evite aumentar os juros diante da recessão econômica.

"Não é só uma questão de fluxo", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de que juros mais altos tendem a atrair para o Brasil recursos externos. "É também uma questão de incerteza, de não saber qual vai ser o quadro macroeconômico daqui a uma semana".

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a 10,431 bilhões de dólares, com oferta de até 11,6 mil contratos.

Texto atualizado às 10h21.

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