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Dólar sobe 2,56% e termina no maior nível em quase 13 anos

A demanda por dólares foi ainda intensificada pela busca de proteção antes dos feriados no Brasil e nos EUA, na segunda-feira

Dólares: a alta do dólar impulsionou as taxas dos contratos futuros de juros, que fecharam nas máximas e, em sua maioria, acima de 15% (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 17h34.

São Paulo - O dólar voltou a disparar nesta sexta-feira, 4, ante o real, em meio ao ambiente de tensão política no Brasil.

O firme avanço da moeda americana no exterior também contribuiu para o movimento, após a divulgação de números que ampliaram as apostas de alta de juros pelo Federal Reserve ( Fed , o banco central americano).

A demanda por dólares foi ainda intensificada pela busca de proteção antes dos feriados no Brasil e nos EUA, na segunda-feira.

A alta do dólar impulsionou as taxas dos contratos futuros de juros, que fecharam nas máximas e, em sua maioria, acima de 15%.

O dólar à vista de balcão subiu 2,56%, aos R$ 3,8500, no maior patamar de fechamento em quase 13 anos, desde 23 de outubro de 2002.

Foi a sexta sessão consecutiva de ganhos para o dólar ante o real (+8,06% no período). No ano, a moeda americana já acumula alta de 45,01%.

No mercado futuro, que encerra as operações apenas às 18 horas, a divisa para outubro tinha ganhos de 2,99%, aos R$ 3,8870.

Desde cedo, a pressão de alta para o dólar era forte. Isso porque, a despeito de certo alívio com a permanência de Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda, o vice-presidente Michel Temer voltou a colocar lenha na fogueira do cenário político.

Ontem, em encontro com empresários, ele afirmou que será difícil para a presidente Dilma Rousseff concluir o mandato se a situação política e econômica não melhorar até meados de 2016.

"Hoje o índice (de popularidade) é realmente muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice", comentou. A fala de Temer foi mal recebida pelo mercado, que viu chances maiores de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No exterior, os números do payroll (relatório de emprego dos EUA) elevaram a busca por dólares ao redor do mundo.

O país criou 173 mil empregos em agosto, abaixo da previsão de 220 mil vagas, mas os saldos de julho e junho foram revisados em alta - de 215 mil para 245 mil e de 223 mil para 245 mil, respectivamente.

Na visão do mercado, a melhora do setor permitirá uma alta de juros nos EUA em um futuro próximo, talvez já em setembro, o que é ruim para moedas de países emergentes.

Na mínima do dia, às 9h31, o dólar bateu nos R$ 3,7600 (+0,16%), para depois escalar patamares bem mais elevados ao longo do dia. À tarde, inclusive, houve uma demanda defensiva de moeda, com a proximidade do fim de semana prolongado.

Segunda-feira será feriado do Dia da Independência no Brasil e do Dia do Trabalho nos EUA e, para completar, os mercados chineses reabrem após o feriado de ontem e hoje.

O dólar, inclusive, passou a gerar stops (ordens de parada de perdas) quando a divisa para outubro - a mais líquida - atingiu os R$ 3,824 no futuro.

No mercado à vista, o dólar marcou a máxima de R$ 3,8530 (+2,64%) às 15h35. A cotação do fim da jornada, de R$ 3,8500, acabou ficando muito próxima disso.

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São Paulo - O dólar voltou a disparar nesta sexta-feira, 4, ante o real, em meio ao ambiente de tensão política no Brasil.

O firme avanço da moeda americana no exterior também contribuiu para o movimento, após a divulgação de números que ampliaram as apostas de alta de juros pelo Federal Reserve ( Fed , o banco central americano).

A demanda por dólares foi ainda intensificada pela busca de proteção antes dos feriados no Brasil e nos EUA, na segunda-feira.

A alta do dólar impulsionou as taxas dos contratos futuros de juros, que fecharam nas máximas e, em sua maioria, acima de 15%.

O dólar à vista de balcão subiu 2,56%, aos R$ 3,8500, no maior patamar de fechamento em quase 13 anos, desde 23 de outubro de 2002.

Foi a sexta sessão consecutiva de ganhos para o dólar ante o real (+8,06% no período). No ano, a moeda americana já acumula alta de 45,01%.

No mercado futuro, que encerra as operações apenas às 18 horas, a divisa para outubro tinha ganhos de 2,99%, aos R$ 3,8870.

Desde cedo, a pressão de alta para o dólar era forte. Isso porque, a despeito de certo alívio com a permanência de Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda, o vice-presidente Michel Temer voltou a colocar lenha na fogueira do cenário político.

Ontem, em encontro com empresários, ele afirmou que será difícil para a presidente Dilma Rousseff concluir o mandato se a situação política e econômica não melhorar até meados de 2016.

"Hoje o índice (de popularidade) é realmente muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice", comentou. A fala de Temer foi mal recebida pelo mercado, que viu chances maiores de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No exterior, os números do payroll (relatório de emprego dos EUA) elevaram a busca por dólares ao redor do mundo.

O país criou 173 mil empregos em agosto, abaixo da previsão de 220 mil vagas, mas os saldos de julho e junho foram revisados em alta - de 215 mil para 245 mil e de 223 mil para 245 mil, respectivamente.

Na visão do mercado, a melhora do setor permitirá uma alta de juros nos EUA em um futuro próximo, talvez já em setembro, o que é ruim para moedas de países emergentes.

Na mínima do dia, às 9h31, o dólar bateu nos R$ 3,7600 (+0,16%), para depois escalar patamares bem mais elevados ao longo do dia. À tarde, inclusive, houve uma demanda defensiva de moeda, com a proximidade do fim de semana prolongado.

Segunda-feira será feriado do Dia da Independência no Brasil e do Dia do Trabalho nos EUA e, para completar, os mercados chineses reabrem após o feriado de ontem e hoje.

O dólar, inclusive, passou a gerar stops (ordens de parada de perdas) quando a divisa para outubro - a mais líquida - atingiu os R$ 3,824 no futuro.

No mercado à vista, o dólar marcou a máxima de R$ 3,8530 (+2,64%) às 15h35. A cotação do fim da jornada, de R$ 3,8500, acabou ficando muito próxima disso.

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