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Mercado vence queda de braço com BC e dólar fecha a R$ 2,08

O dólar terminou a sessão com valorização de 1,67 por cento, a 2,0804 reais na venda, na maior cotação desde 15 de maio

A moeda dos Estados Unidos se depreciou 0,30% (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 18h24.

São Paulo - O dólar fechou em alta de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, mesmo com o Banco Central realizando dois leilões de swap cambial tradicional. Segundo operadores, o mercado continuou a especular e entrou em uma "queda de braço" com o BC, para ver se a autoridade monetária voltaria a atuar. Pesou ainda o cenário externo bastante conturbado.

Ainda de acordo com os operadores, o mercado pode buscar patamares mais elevados para o dólar, até ultrapassando os 2,10 reais. No entanto, a previsão é que antes disso o BC possa voltar a atuar. Dentro da equipe econômica, a avaliação é de que o cenário externo está contribuindo bastante para essa forte alta da divisa norte-americana.

O dólar fechou a sessão com valorização de 1,67 por cento, a 2,0804 reais na venda, na maior cotação desde 15 de maio, quando fechou a 2,109 reais.

Durante o dia, a moeda teve fortes oscilações, em função dos leilões de swap, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, variando entre a mínima de 2,0378 reais e 2,0845 reais.

"O mercado está peitando o BC. Isso é até esquisito. As duas vezes em que o dólar bateu 2,06 reais o BC entrou, e depois ainda chegou até a 2,08 reais. Mas se não entrou hoje de novo, pode ser que entre amanhã mais forte, até no período da manhã", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.


Para Trabbold, apesar de o euro ter ampliado perdas ante o dólar no exterior e de o dólar também mostrar uma valorização ante outra moedas, o movimento do real ainda está atípico e ocorrendo em função de questões internas.

No entanto, o cenário externo continua afetando as moedas e as bolsas chegaram a operar em queda próximo do fechamento da sessão. Às 17h39 (horário de Brasília), o euro recuava 1 por cento ante o dólar, enquanto o dólar tinha alta de 0,69 por cento ante uma cesta de divisas.

No primeiro swap realizado, o BC vendeu 30.300, ou 61,3 por cento dos 49.400 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta terça-feira, com vencimento em 2 de julho deste ano. Já no segundo, vendeu 13.600, ou 71,2 por cento, dos 19.100 contratos ofertados, para o mesmo vencimento.

Ao todo, o BC vendeu 43.900 contratos do total de 68.500 ofertados. Mesmo com a segunda operação, o BC não conseguiu anular o restante dos contratos de swap cambial reverso, no total de 2,470 bilhões de dólares, que também vencem em 2 de julho.

Outro operador, que prefere não ser identificado, diz acreditar que o mercado deve continuar testando o BC na quarta-feira. "Se ele (BC) não atuou próximo dos 2,10, vão testá-lo mais para cima ainda", disse.

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São Paulo - O dólar fechou em alta de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, mesmo com o Banco Central realizando dois leilões de swap cambial tradicional. Segundo operadores, o mercado continuou a especular e entrou em uma "queda de braço" com o BC, para ver se a autoridade monetária voltaria a atuar. Pesou ainda o cenário externo bastante conturbado.

Ainda de acordo com os operadores, o mercado pode buscar patamares mais elevados para o dólar, até ultrapassando os 2,10 reais. No entanto, a previsão é que antes disso o BC possa voltar a atuar. Dentro da equipe econômica, a avaliação é de que o cenário externo está contribuindo bastante para essa forte alta da divisa norte-americana.

O dólar fechou a sessão com valorização de 1,67 por cento, a 2,0804 reais na venda, na maior cotação desde 15 de maio, quando fechou a 2,109 reais.

Durante o dia, a moeda teve fortes oscilações, em função dos leilões de swap, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro, variando entre a mínima de 2,0378 reais e 2,0845 reais.

"O mercado está peitando o BC. Isso é até esquisito. As duas vezes em que o dólar bateu 2,06 reais o BC entrou, e depois ainda chegou até a 2,08 reais. Mas se não entrou hoje de novo, pode ser que entre amanhã mais forte, até no período da manhã", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.


Para Trabbold, apesar de o euro ter ampliado perdas ante o dólar no exterior e de o dólar também mostrar uma valorização ante outra moedas, o movimento do real ainda está atípico e ocorrendo em função de questões internas.

No entanto, o cenário externo continua afetando as moedas e as bolsas chegaram a operar em queda próximo do fechamento da sessão. Às 17h39 (horário de Brasília), o euro recuava 1 por cento ante o dólar, enquanto o dólar tinha alta de 0,69 por cento ante uma cesta de divisas.

No primeiro swap realizado, o BC vendeu 30.300, ou 61,3 por cento dos 49.400 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta terça-feira, com vencimento em 2 de julho deste ano. Já no segundo, vendeu 13.600, ou 71,2 por cento, dos 19.100 contratos ofertados, para o mesmo vencimento.

Ao todo, o BC vendeu 43.900 contratos do total de 68.500 ofertados. Mesmo com a segunda operação, o BC não conseguiu anular o restante dos contratos de swap cambial reverso, no total de 2,470 bilhões de dólares, que também vencem em 2 de julho.

Outro operador, que prefere não ser identificado, diz acreditar que o mercado deve continuar testando o BC na quarta-feira. "Se ele (BC) não atuou próximo dos 2,10, vão testá-lo mais para cima ainda", disse.

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