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Dólar sobe 0,57% com expectativa de estímulo menor nos EUA

O pregão desta quinta-feira foi marcado também por forte volume de negociações. De acordo com dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,4 bilhões de dólares


	A perspectiva de menor oferta de dólares levava a moeda norte-americana a fortalecer-se em grande parte dos mercados internacionais
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A perspectiva de menor oferta de dólares levava a moeda norte-americana a fortalecer-se em grande parte dos mercados internacionais (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 17h38.

São Paulo - O dólar reverteu a queda registrada na primeira parte do pregão e encerrou em alta frente ao real nesta terça-feira, seguindo o fortalecimento da divisa no exterior, com a crescente avaliação dos investidores de que a economia norte-americana está se recuperando.

A divisa norte-americana ganhou 0,57 % frente ao real, cotada a 2,0207 reais na venda.

"Na esteira dos dados norte-americanos que têm mostrado que a economia está melhorando, os investidores saíram tomando", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, compra atualmente 85 bilhões de dólares por mês em títulos por mês com o objetivo de impulsionar a recuperação da maior economia do mundo.

Especulações de que a autoridade monetária poderá reduzir o estímulo, o que acabaria afetando a liquidez internacional, ganharam corpo após série de dados positivos sobre a economia norte-americana, como emprego.

A perspectiva de menor oferta de dólares levava a moeda norte-americana a fortalecer-se em grande parte dos mercados internacionais. O euro, por exemplo, perdia 0,30 % frente ao dólar. Contra uma cesta de divisas, a moeda dos EUA avançava 0,37 %.

No mercado doméstico, essa possibilidade ofuscava a expectativa de maior entrada de divisas na economia brasileira após a grande emissão externa da Petrobras na véspera, que levou o dólar a registrar queda frente ao real durante a primeira parte do pregão.

A Petrobras lançou na segunda-feira 11 bilhões de dólares em títulos de 3, 5, 10 e 30 anos, em seis tranches. A operação teve demanda de cerca de 45 bilhões de dólares, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters.

Embora analistas destaquem que boa parte desse dinheiro não deve entrar no mercado brasileiro, a operação mostrou que há demanda por ativos nacionais, alimentando expectativas de mais dólares no país. Isso, no entanto, não era suficiente para dizer que o dólar poderia ficar abaixo de 2 reais de forma mais consistente.

O pregão desta quinta-feira foi marcado também por forte volume de negociações. De acordo com dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,4 bilhões de dólares, acima da média diária de abril, de 2,6 bilhões de dólares.

Isso porque, segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, as baixas cotações do dólar frente ao real verificadas no início do pregão, contrastando com o movimento de fortalecimento da divisa dos EUA no exterior, atraíram investidores.

"Além disso, à tarde, como deu essa subida, acabou atraindo exportadores", acrescentou ele.

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