Dólar segue exterior, cai mais de 1% e vai abaixo de R$3,30
Às 10:36, o dólar recuava 1,12 por cento, a 3,2730 reais na venda, após avançar 0,47 por cento na sessão passada
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2016 às 10h44.
São Paulo - O dólar recuava mais de 1 por cento e era negociado abaixo de 3,30 reais nesta terça-feira, reagindo a esperanças de estímulos no Japão e no Reino Unido, mesmo após o Banco Central brasileiro intervir novamente para sustentar as cotações.
Às 10:36, o dólar recuava 1,12 por cento, a 3,2730 reais na venda, após avançar 0,47 por cento na sessão passada. O dólar futuro caía 1,2 por cento durante a manhã.
"Todo o nervosismo (no exterior) que vimos no mês passado deu lugar a uma recuperação impressionante no humor, em todo o mundo. O Brasil é um dos principais beneficiados porque o mercado está dando o benefício da dúvida para o governo", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, encomendou um pacote de novos estímulos econômicos para até o fim deste mês.
Já o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, sinalizou novamente mais estímulos nesta terça-feira.
A perspectiva de medidas de governos e bancos centrais vem se sobrepondo às preocupações com o impacto econômico da opção britânica por deixar a União Europeia (UE), que pressionou o humor dos investidores no mês passado.
Na véspera, o índice acionário norte-americano Standard & Poor's 500 atingiu nova máxima histórica de fechamento.
O arrefecimento das turbulências políticas no Reino Unido após a ascensão de Theresa May ao cargo de primeira-ministra também contribuía para sustentar o apetite por ativos mais arriscados, como aqueles denominados em moedas emergentes.
O bom humor no mercado local vinha mesmo após o BC mais uma vez vender a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todas as sessões deste mês exceto sexta-feira passada.
"Está cada vez mais claro que o BC é o principal comprador de dólares no mercado", resumiu o estrategista de um banco internacional.
De maneira geral, operadores vêm recebendo bem as promessas de contenção fiscal do presidente interino Michel Temer, apesar dos escândalos de corrupção que vêm envolvendo membros de alto escalão do governo.
No entanto, ressaltavam que o Brasil continua registrando fortes saídas líquidas de capitais, evidência de que o bom humor se concentra entre investidores locais e no mercado de derivativos. Em junho, o fluxo cambial ficou negativo em 3,56 bilhões de dólares.
"O estrangeiro está com pé atrás, esperando a confirmação do impeachment. Se virar a chave, podemos ver mais uma daquelas ondas de positividade que vimos no primeiro semestre", acrescentou o estrategista, referindo-se ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que terá o julgamento final em agosto no Senado.
Texto atualizado às 10h44
São Paulo - O dólar recuava mais de 1 por cento e era negociado abaixo de 3,30 reais nesta terça-feira, reagindo a esperanças de estímulos no Japão e no Reino Unido, mesmo após o Banco Central brasileiro intervir novamente para sustentar as cotações.
Às 10:36, o dólar recuava 1,12 por cento, a 3,2730 reais na venda, após avançar 0,47 por cento na sessão passada. O dólar futuro caía 1,2 por cento durante a manhã.
"Todo o nervosismo (no exterior) que vimos no mês passado deu lugar a uma recuperação impressionante no humor, em todo o mundo. O Brasil é um dos principais beneficiados porque o mercado está dando o benefício da dúvida para o governo", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, encomendou um pacote de novos estímulos econômicos para até o fim deste mês.
Já o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, sinalizou novamente mais estímulos nesta terça-feira.
A perspectiva de medidas de governos e bancos centrais vem se sobrepondo às preocupações com o impacto econômico da opção britânica por deixar a União Europeia (UE), que pressionou o humor dos investidores no mês passado.
Na véspera, o índice acionário norte-americano Standard & Poor's 500 atingiu nova máxima histórica de fechamento.
O arrefecimento das turbulências políticas no Reino Unido após a ascensão de Theresa May ao cargo de primeira-ministra também contribuía para sustentar o apetite por ativos mais arriscados, como aqueles denominados em moedas emergentes.
O bom humor no mercado local vinha mesmo após o BC mais uma vez vender a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todas as sessões deste mês exceto sexta-feira passada.
"Está cada vez mais claro que o BC é o principal comprador de dólares no mercado", resumiu o estrategista de um banco internacional.
De maneira geral, operadores vêm recebendo bem as promessas de contenção fiscal do presidente interino Michel Temer, apesar dos escândalos de corrupção que vêm envolvendo membros de alto escalão do governo.
No entanto, ressaltavam que o Brasil continua registrando fortes saídas líquidas de capitais, evidência de que o bom humor se concentra entre investidores locais e no mercado de derivativos. Em junho, o fluxo cambial ficou negativo em 3,56 bilhões de dólares.
"O estrangeiro está com pé atrás, esperando a confirmação do impeachment. Se virar a chave, podemos ver mais uma daquelas ondas de positividade que vimos no primeiro semestre", acrescentou o estrategista, referindo-se ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que terá o julgamento final em agosto no Senado.
Texto atualizado às 10h44