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Dólar segue exterior e fecha abaixo de R$ 3,95

Foi a primeira vez que a moeda voltou a este patamar em quase três semanas; queda anulou a alta acumulada do ano

Dólar: moeda norte-americana caiu mais de 1 por cento e fechou no menor valor desde o dia 10 de fevereiro (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 17h41.

SÃO PAULO - O dólar fechou em queda nesta terça-feira e foi abaixo de 3,95 reais pela primeira vez em quase três semanas, reagindo a expectativas de novos estímulos na China , à alta dos preços do petróleo e a uma rodada de indicadore econômicos positivos nos Estados Unidos .

O dólar recuou 1,56 por cento, a 3,9411 reais na venda, menor nível de fechamento desde 10 de fevereiro (3,9355 reais). Com isso, a moeda norte-americana anulou a alta acumulada no ano até a véspera e passou a cair 0,17 por cento.

O dólar futuro, que havia ampliado a alta na véspera após o fechamento do mercado à vista, caía cerca de 2 por cento no final da tarde.

"O mercado já estava em um embalo positivo desde de manhã e os dados dos EUA deram mais combustível para esse movimento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

No início da tarde, foi divulgado que o setor industrial dos Estados Unidos contraiu em fevereiro, mas em ritmo mais lento do que no mês anterior.

Além disso, os gastos com construção no país saltaram em janeiro ao nível mais alto desde 2007.

Operadores afirmaram que os números foram fortes o suficiente para alimentar a demanda por ativos de risco, mas não para autorizar aumentos de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano, tão cedo.

"Foi o tom ideal: nem forte demais, nem fraco demais", resumiu o operador de uma corretora internacional.

A melhora nos mercados externos já vinha desde a véspera, quando o banco central da China cortou as taxas de compulsório para tentar aquecer a economia.

O movimento se sobrepôs até à rodada de números fracos sobre a segunda maior economia do mundo, que alguns operadores afirmaram aumentar a chance de o país adotar ainda mais estímulos.

"O otimismo com a China continua ajudando moedas emergentes hoje, mesmo depois de alguns dados fracos", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.

No Brasil, o início da rolagem dos swaps cambiais do BC que vencem em abril, com venda integral de até 9,6 mil contratos, também contribuiu para trazer alívio ao mercado.

Se mantiver o ritmo e vender a oferta integral até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, a autoridade rolará integralmente o lote de abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares.

Os mercados brasileiros têm apresentado bastante volatilidade em meio ao quadro político incerto e às investigações de corrupção no país.

O alívio recente nas cotações da moeda norte-americana vêm após a divisa atingir sua máxima histórica de fechamento, a 4,1655 reais, em janeiro.

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O dólar recuou 1,56 por cento, a 3,9411 reais na venda, menor nível de fechamento desde 10 de fevereiro (3,9355 reais). Com isso, a moeda norte-americana anulou a alta acumulada no ano até a véspera e passou a cair 0,17 por cento.

O dólar futuro, que havia ampliado a alta na véspera após o fechamento do mercado à vista, caía cerca de 2 por cento no final da tarde.

"O mercado já estava em um embalo positivo desde de manhã e os dados dos EUA deram mais combustível para esse movimento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

No início da tarde, foi divulgado que o setor industrial dos Estados Unidos contraiu em fevereiro, mas em ritmo mais lento do que no mês anterior.

Além disso, os gastos com construção no país saltaram em janeiro ao nível mais alto desde 2007.

Operadores afirmaram que os números foram fortes o suficiente para alimentar a demanda por ativos de risco, mas não para autorizar aumentos de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano, tão cedo.

"Foi o tom ideal: nem forte demais, nem fraco demais", resumiu o operador de uma corretora internacional.

A melhora nos mercados externos já vinha desde a véspera, quando o banco central da China cortou as taxas de compulsório para tentar aquecer a economia.

O movimento se sobrepôs até à rodada de números fracos sobre a segunda maior economia do mundo, que alguns operadores afirmaram aumentar a chance de o país adotar ainda mais estímulos.

"O otimismo com a China continua ajudando moedas emergentes hoje, mesmo depois de alguns dados fracos", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.

No Brasil, o início da rolagem dos swaps cambiais do BC que vencem em abril, com venda integral de até 9,6 mil contratos, também contribuiu para trazer alívio ao mercado.

Se mantiver o ritmo e vender a oferta integral até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, a autoridade rolará integralmente o lote de abril, equivalente a 10,092 bilhões de dólares.

Os mercados brasileiros têm apresentado bastante volatilidade em meio ao quadro político incerto e às investigações de corrupção no país.

O alívio recente nas cotações da moeda norte-americana vêm após a divisa atingir sua máxima histórica de fechamento, a 4,1655 reais, em janeiro.

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