Dólar rompe piso informal e termina o dia a R$ 2,019
A quebra da marca ocorreu logo no início da tarde e, na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 2,018
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2012 às 18h34.
São Paulo - O mercado doméstico de câmbio rompeu o piso informal de R$ 2,020 e fechou esta quinta-feira cotado o dólar à vista a R$ 2,019 (-0,15%) no balcão e R$ 2,0195 (-0,15%) no pregão da BM&F. A quebra da marca ocorreu logo no início da tarde e, na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 2,018. Tudo sem que o Banco Central tenha mostrado reação.
A trajetória de queda das cotações acompanhou o comportamento internacional, onde o dólar registrou perdas tanto em relação a moedas emergentes de destaque, quanto em comparação ao euro e ao iene. O dólar index, que relaciona a moeda norte-americana a uma cesta de moedas apresentava recuo de 0,75%, às 16h42. Pouco depois, no mercado doméstico, o dólar futuro para novembro estava em R$ 2,0265 (-0,27%).
A queda do dólar nesta quinta-feira deixou as mesas de operações de câmbio em alerta, na expectativa de que o Banco Central pudesse voltar a atuar no sentido de impedir a valorização do real. A opção mais imediata seria a antecipação da rolagem dos contratos de swap cambial que vencem no início do próximo mês, num total de cerca de US$ 3 bilhões, segundo levantamento de um operador consultado pela Agência Estado.
Ainda assim, alguns operadores não descartam que, em sua próxima investida o BC opte por mexer em regras cambiais. "A queda do dólar é uma tendência decorrente de fundamentos, não é de fluxo. Se o rumo estivesse sendo dado pelos fundamentos, com o fluxo negativo, o dólar estaria a R$ 2,20. Mas pelos fundamentos, se o BC não estivesse intervindo estaria a R$ 1,95", disse o operador da Interbolsa Brasil, Ovídio de Pinho Soares.
A percepção de um outro profissional do mercado ao final da tarde era de que, "se o ambiente internacional permitir, o dólar poderá cair a R$ 2,015 no curto prazo". Ele avaliou que, nesse caso, os investidores entrariam comprando dólares e a cotação voltaria a aproximar-se de R$ 2,020, mesmo sem a necessidade de um intervenção do BC.