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Dólar recua na abertura com cautela em relação à Síria

A queda contraria o movimento tradicional de busca de proteção nesses ativos em momentos de crise geopolítica

Notas de dólar: a moeda americana à vista começou a sessão em baixa, cotado a R$ 2,3460 (-0,59%) no balcão (Susana Gonzalez)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 10h30.

São Paulo - Apesar da crescente preocupação dos investidores com uma possível intervenção militar dos Estados Unidos na Síria , o dólar, o petróleo, o ouro e alguns metais básicos, como o cobre, estão em queda nesta quarta-feira, 4, no mercado internacional, contrariando o movimento tradicional de busca de proteção nesses ativos em momentos de crise geopolítica.

"Os mercados em âmbito mundial estão cautelosos, porém, o dólar recua ante a maioria das moedas devido a uma realização de lucros recentes. O raciocínio é que quando um país entra em uma guerra o gasto do governo aumenta muito e a moeda pode se desvalorizar", diz João Paulo de Gracia Corrêa.

Para ele, diante das incertezas, pode estar havendo uma realização dos lucros recentes exagerados computados por esses ativos financeiros, após a intensa migração de recursos de países emergentes rumo aos ativos norte-americanos, sobretudo o dólar e os Treasuries, devido à perspectiva de remoção dos estímulos à economia do país.

Para Corrêa, após a queda de terça-feira, 3, o dólar pode abrir perto da estabilidade, com viés de baixa até a realização do leilão de swap cambial, entre 9h30 e 9h40. Depois, segundo ele, o mercado pode fazer algum ajuste positivo pontual, na contramão do exterior.

O dólar à vista começou a sessão em baixa, cotado a R$ 2,3460 (-0,59%) no balcão. Já o dólar para outubro, às 9h25, caía a R$ 2,3630 (-0,42%). Esse vencimento já oscilou de uma mínima de R$ 2,3555 (-0,74%) a uma máxima, de R$ 2,3640 (-0,38%).

No leilão de swap diário, serão ofertados cerca de US$ 500 milhões no mercado futuro, por meio de até 10 mil contratos com vencimento em 02/12/2013. O resultado será disponibilizado a partir das 9h50. Esse leilão faz parte da estratégia, anunciada no último dia 22 de agosto, de atuação diária até o fim do ano no mercado de câmbio pelo BC. O valor total desse pacote é de cerca de US$ 100 bilhões.


A agenda econômica interna inclui ainda a divulgação pelo Banco Central, às 12h30, dos números de agosto do fluxo cambial e também do Índice de Commodities (IC-Br). Antes, às 10 horas, o HSBC informa o índice PMI do setor de serviços no Brasil e, no mesmo horário, a CNC publica o índice de confiança do empresário do comércio - ambos referentes ao mês passado. Sobretudo os números de fluxo cambial podem influenciar a formação da taxa de câmbio no começo da tarde, disse um operador de um banco.

A cautela antes da divulgação, nesta quarta-feira, 4, do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h (de Brasília), e também dos dados mensais do governo dos EUA sobre o mercado de trabalho limita ainda as apostas dos investidores, afirmou Corrêa.

Na terça-feira, 3, o presidente norte-americano, Barack Obama, pareceu ganhar apoio para seu plano de atacar a Síria. O presidente da Câmara, John Boehner, que é republicano, afirmou que concorda com a decisão de Obama e os líderes do Comitê de Relações Exteriores do Senado chegaram a um acordo sobre uma resolução que autoriza ataques limitados à Síria. A resolução deverá ser colocada em votação no comitê hoje e pode ser enviada para todo o Senado já na próxima semana.

No mercado externo de moedas, a libra opera impulsionada por novos sinais de recuperação na economia do Reino Unido e o dólar australiano avança em reação ao crescimento econômico da Austrália maior que o previsto no segundo trimestre deste ano. Enquanto isso, o dólar norte-americano cai frente ao iene e a moedas ligadas a commodities, pressionado pela cautela antes da divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h (de Brasília).

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"Os mercados em âmbito mundial estão cautelosos, porém, o dólar recua ante a maioria das moedas devido a uma realização de lucros recentes. O raciocínio é que quando um país entra em uma guerra o gasto do governo aumenta muito e a moeda pode se desvalorizar", diz João Paulo de Gracia Corrêa.

Para ele, diante das incertezas, pode estar havendo uma realização dos lucros recentes exagerados computados por esses ativos financeiros, após a intensa migração de recursos de países emergentes rumo aos ativos norte-americanos, sobretudo o dólar e os Treasuries, devido à perspectiva de remoção dos estímulos à economia do país.

Para Corrêa, após a queda de terça-feira, 3, o dólar pode abrir perto da estabilidade, com viés de baixa até a realização do leilão de swap cambial, entre 9h30 e 9h40. Depois, segundo ele, o mercado pode fazer algum ajuste positivo pontual, na contramão do exterior.

O dólar à vista começou a sessão em baixa, cotado a R$ 2,3460 (-0,59%) no balcão. Já o dólar para outubro, às 9h25, caía a R$ 2,3630 (-0,42%). Esse vencimento já oscilou de uma mínima de R$ 2,3555 (-0,74%) a uma máxima, de R$ 2,3640 (-0,38%).

No leilão de swap diário, serão ofertados cerca de US$ 500 milhões no mercado futuro, por meio de até 10 mil contratos com vencimento em 02/12/2013. O resultado será disponibilizado a partir das 9h50. Esse leilão faz parte da estratégia, anunciada no último dia 22 de agosto, de atuação diária até o fim do ano no mercado de câmbio pelo BC. O valor total desse pacote é de cerca de US$ 100 bilhões.


A agenda econômica interna inclui ainda a divulgação pelo Banco Central, às 12h30, dos números de agosto do fluxo cambial e também do Índice de Commodities (IC-Br). Antes, às 10 horas, o HSBC informa o índice PMI do setor de serviços no Brasil e, no mesmo horário, a CNC publica o índice de confiança do empresário do comércio - ambos referentes ao mês passado. Sobretudo os números de fluxo cambial podem influenciar a formação da taxa de câmbio no começo da tarde, disse um operador de um banco.

A cautela antes da divulgação, nesta quarta-feira, 4, do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h (de Brasília), e também dos dados mensais do governo dos EUA sobre o mercado de trabalho limita ainda as apostas dos investidores, afirmou Corrêa.

Na terça-feira, 3, o presidente norte-americano, Barack Obama, pareceu ganhar apoio para seu plano de atacar a Síria. O presidente da Câmara, John Boehner, que é republicano, afirmou que concorda com a decisão de Obama e os líderes do Comitê de Relações Exteriores do Senado chegaram a um acordo sobre uma resolução que autoriza ataques limitados à Síria. A resolução deverá ser colocada em votação no comitê hoje e pode ser enviada para todo o Senado já na próxima semana.

No mercado externo de moedas, a libra opera impulsionada por novos sinais de recuperação na economia do Reino Unido e o dólar australiano avança em reação ao crescimento econômico da Austrália maior que o previsto no segundo trimestre deste ano. Enquanto isso, o dólar norte-americano cai frente ao iene e a moedas ligadas a commodities, pressionado pela cautela antes da divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, às 15h (de Brasília).

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