Dólar: moeda americana cai no início desta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)
Reuters
Publicado em 22 de outubro de 2019 às 09h14.
Última atualização em 22 de outubro de 2019 às 15h08.
São Paulo — O dólar opera em queda contra o real nesta terça-feira, com expectativas positivas do mercado sobre a votação final da proposta da reforma da Previdência no Senado, em meio ainda a um otimismo no exterior sobre a aprovação do acordo do Brexit.
O real liderava os ganhos nos mercados globais de câmbio, num dia de força para várias divisas emergentes pares da brasileira.
Por volta de 15h, o dólar à vista cedia 1,61%, a 4,0639 reais na venda.
A queda da moeda norte-americana ganhou força depois que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) favorável à reforma da Previdência, abrindo caminho para votar ainda nesta terça-feira em plenário da Casa o segundo turno da proposta.
"Nós temos um viés de queda, e esse viés de queda se deve principalmente a uma melhora no ambiente local", afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Em entrevista após a aprovação na CCJ, Tasso afirmou que a proposta tem 99% de chances de ser aprovada em segundo turno no plenário.
Também nesta terça, o Banco Central não vendeu nenhum contrato de swap cambial reverso, de oferta de 10.500, e nem dólar à vista, de oferta de até 525 milhões de reais. Com isso, a autarquia vendeu todos os 10.500 contratos de swap cambial tradicional ofertados na sessão, em leilão de rolagem do vencimento dezembro de 2019.
No cenário externo, o ambiente também era mais positivo para ativos mais arriscados, apesar das incertezas em torno da votação do acordo do Brexit.
Outras moedas emergentes pares do real, como a lira turca e o peso mexicano, também se valorizavam contra o dólar, enquanto a libra recuava frente à moeda norte-americana antes da votação do texto do Brexit pelo Parlamento britânico ainda nesta terça-feira. O peso chileno mostrava recuperação parcial depois da forte queda da véspera, motivada por violentos protestos no país.