Dólar recua com IGP-M e IPCA elevados
O recuo do dólar expressa a cautela do mercado com os novos índices de inflação altos no Brasil, divulgados nesta quinta-feira
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 10h12.
São Paulo - O dólar opera com sinais mistos no mercado externo de moedas e, no Brasil, começou a sessão com leve queda no mercado futuro e com leve alta no mercado à vista. A moeda spot no balcão abriu a R$ 1,990 (+0,05%) e, em seguida, testou uma mínima, a R$ 1,987, queda de 0,10%.
No mercado futuro, às 9h30, o contrato de dólar para março de 2013 caiu à mínima, a R$ 1,9915, em baixa de 0,28%. após iniciar os negócios a R$ 1,9935 (-0,18%). A máxima ficou em R$ 1,9945 (-0,13%).
O recuo do dólar expressa a cautela do mercado com os novos índices de inflação altos no Brasil, divulgados nesta quinta-feira.
A primeira prévia do IGP-M de fevereiro, em 0,41%, acima do esperado pelo mercado (0,10% a 0,35%), e o IPCA de janeiro, em 0,86%, superior à mediana e perto do teto das estimativas dos analistas, sustentam o movimento da moeda americana ante o real.
Segundo o IBGE, o IPCA do mês passado é o mais alto desde abril de 2005, quando ficou em 0,87%.
Para o vice-presidente de tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, a sinalização dada na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre uma série de desonerações em estudo para 2013, como para os produtos da cesta básica, ajuda a amenizar de algum modo o temor em relação à inflação.
"O cenário é propenso à subida dos juros no último trimestre deste ano, já que a inflação segue elevada e a economia fraca. A perspectiva de desoneração da cesta básica pode tirar parte da pressão generalizada sobre os preços", avaliou.
Mantega também disse que a desoneração da folha de pagamentos será ampliada para mais setores e que haverá "outras desonerações" neste ano.
Na terça-feira a presidente Dilma Rousseff adiantou que o governo estuda fazer uma desoneração integral dos produtos da cesta básica. No caso da desoneração da folha, já há 45 setores beneficiados com a medida.
Os agentes de câmbio estão agora em compasso de espera pela entrevista do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, após a decisão de política monetária do BCE, que tende a manter o juro básico na região em 0,75% ao ano.
Dependendo do tom das declarações de Draghi sobre a recente disparada do euro, é possível que ocorra uma realização de lucros na moeda, beneficiando o dólar, disse um operador de um banco. O mercado aguarda esse evento do BCE para tomar um rumo na sessão, disse outro analista de um banco.
Em Nova York, às 9h33, o euro subia a US$ 1,3566, de US$ 1,3523 no fim da tarde de ontem. O dólar avançava a 93,80 ienes, de 93,62 ienes na véspera.
O dólar norte-americano operava com sinais desiguais: caía ante o dólar australiano (-0,13%), o dólar canadense (-0,12%), o peso mexicano (-0,05%) e subia diante do peso chileno (+0,16%), da rupia indiana (+0,14%) e do dólar neozelandês (+0,37%).
São Paulo - O dólar opera com sinais mistos no mercado externo de moedas e, no Brasil, começou a sessão com leve queda no mercado futuro e com leve alta no mercado à vista. A moeda spot no balcão abriu a R$ 1,990 (+0,05%) e, em seguida, testou uma mínima, a R$ 1,987, queda de 0,10%.
No mercado futuro, às 9h30, o contrato de dólar para março de 2013 caiu à mínima, a R$ 1,9915, em baixa de 0,28%. após iniciar os negócios a R$ 1,9935 (-0,18%). A máxima ficou em R$ 1,9945 (-0,13%).
O recuo do dólar expressa a cautela do mercado com os novos índices de inflação altos no Brasil, divulgados nesta quinta-feira.
A primeira prévia do IGP-M de fevereiro, em 0,41%, acima do esperado pelo mercado (0,10% a 0,35%), e o IPCA de janeiro, em 0,86%, superior à mediana e perto do teto das estimativas dos analistas, sustentam o movimento da moeda americana ante o real.
Segundo o IBGE, o IPCA do mês passado é o mais alto desde abril de 2005, quando ficou em 0,87%.
Para o vice-presidente de tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, a sinalização dada na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre uma série de desonerações em estudo para 2013, como para os produtos da cesta básica, ajuda a amenizar de algum modo o temor em relação à inflação.
"O cenário é propenso à subida dos juros no último trimestre deste ano, já que a inflação segue elevada e a economia fraca. A perspectiva de desoneração da cesta básica pode tirar parte da pressão generalizada sobre os preços", avaliou.
Mantega também disse que a desoneração da folha de pagamentos será ampliada para mais setores e que haverá "outras desonerações" neste ano.
Na terça-feira a presidente Dilma Rousseff adiantou que o governo estuda fazer uma desoneração integral dos produtos da cesta básica. No caso da desoneração da folha, já há 45 setores beneficiados com a medida.
Os agentes de câmbio estão agora em compasso de espera pela entrevista do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, após a decisão de política monetária do BCE, que tende a manter o juro básico na região em 0,75% ao ano.
Dependendo do tom das declarações de Draghi sobre a recente disparada do euro, é possível que ocorra uma realização de lucros na moeda, beneficiando o dólar, disse um operador de um banco. O mercado aguarda esse evento do BCE para tomar um rumo na sessão, disse outro analista de um banco.
Em Nova York, às 9h33, o euro subia a US$ 1,3566, de US$ 1,3523 no fim da tarde de ontem. O dólar avançava a 93,80 ienes, de 93,62 ienes na véspera.
O dólar norte-americano operava com sinais desiguais: caía ante o dólar australiano (-0,13%), o dólar canadense (-0,12%), o peso mexicano (-0,05%) e subia diante do peso chileno (+0,16%), da rupia indiana (+0,14%) e do dólar neozelandês (+0,37%).