Dólar recua com exterior e buscas na casa de Cunha
Às 13:12, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,8725 reais na venda, após subir nas três últimas sessões e acumular avanço de 4 por cento
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 12h20.
São Paulo - O dólar recuava em relação ao real nesta terça-feira, acompanhando o respiro nos mercados globais após diversas sessões de aversão a risco e com investidores digerindo as implicações da nova rodada de buscas relacionadas à Operação Lava Jato , que envolvem o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O mercado continuava apresentando baixo volume de negócios, com investidores evitando fazer grandes operações na véspera da esperada elevação dos juros nos Estados Unidos.
Outro motivo de cautela era a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deve decidir sobre a tramitação do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, marcada para quarta-feira.
Às 13:12, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,8725 reais na venda, após subir nas três últimas sessões e acumular avanço de 4 por cento.
"Não estão claras as consequências dessa ação (da Polícia Federal), é um debate que está percorrendo o mercado. Quando a política é o 'driver', a situação fica menos previsível e o resultado é volatilidade", resumiu o operador de uma gestora de recursos internacional, sob condição de anonimato.
A PF realizou nesta manhã ação para cumprir mandados de busca e apreensão em residências de Cunha, de dois ministros e de outros políticos.
Cunha tem encabeçado a campanha pelo impeachment de Dilma, algo visto como positivo no mercado de maneira geral. Por outro lado, ele também tem dificultado a aprovação de medidas de austeridade fiscal na Câmara, piorando a perspectiva econômica para o Brasil.
Uma fonte do Palácio do Planalto disse nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff decidiu que a meta de superávit primário do setor público consolidado de 2016 não será de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), como defende o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que deve ficar abaixo de 0,5 por cento.
Ainda no front político, no início da tarde o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer preliminar que dá prosseguimento ao processo contra Cunha que pode resultar na cassação de seu mandato..
A notícia vem um dia antes de sessão do STF que definirá a validade da eleição de membros da comissão especial da Câmara que analisará a abertura do processo de impeachment.
O clima mais tranquilo no mercado externo ajudava na acomodação do dólar aqui, com a alta dos preços do petróleo após fortes quedas recentes nutrindo o apetite por risco. O centro das atenções, porém, é a reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que deve anunciar na quarta-feira o primeiro aumento de juros em quase uma década.
"O mercado dá como fato que o Fed vai subir juros amanhã. Mas é um evento importante e é normal que o mercado trabalhe com um pouco mais de cautela enquanto isso não se confirma", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que não tem como fim a rolagem de contratos já existentes.
Pela manhã, o BC também deu sequência à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 6,019 bilhões de dólares, ou cerca de 56 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.
São Paulo - O dólar recuava em relação ao real nesta terça-feira, acompanhando o respiro nos mercados globais após diversas sessões de aversão a risco e com investidores digerindo as implicações da nova rodada de buscas relacionadas à Operação Lava Jato , que envolvem o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O mercado continuava apresentando baixo volume de negócios, com investidores evitando fazer grandes operações na véspera da esperada elevação dos juros nos Estados Unidos.
Outro motivo de cautela era a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deve decidir sobre a tramitação do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, marcada para quarta-feira.
Às 13:12, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,8725 reais na venda, após subir nas três últimas sessões e acumular avanço de 4 por cento.
"Não estão claras as consequências dessa ação (da Polícia Federal), é um debate que está percorrendo o mercado. Quando a política é o 'driver', a situação fica menos previsível e o resultado é volatilidade", resumiu o operador de uma gestora de recursos internacional, sob condição de anonimato.
A PF realizou nesta manhã ação para cumprir mandados de busca e apreensão em residências de Cunha, de dois ministros e de outros políticos.
Cunha tem encabeçado a campanha pelo impeachment de Dilma, algo visto como positivo no mercado de maneira geral. Por outro lado, ele também tem dificultado a aprovação de medidas de austeridade fiscal na Câmara, piorando a perspectiva econômica para o Brasil.
Uma fonte do Palácio do Planalto disse nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff decidiu que a meta de superávit primário do setor público consolidado de 2016 não será de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), como defende o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que deve ficar abaixo de 0,5 por cento.
Ainda no front político, no início da tarde o Conselho de Ética da Câmara aprovou parecer preliminar que dá prosseguimento ao processo contra Cunha que pode resultar na cassação de seu mandato..
A notícia vem um dia antes de sessão do STF que definirá a validade da eleição de membros da comissão especial da Câmara que analisará a abertura do processo de impeachment.
O clima mais tranquilo no mercado externo ajudava na acomodação do dólar aqui, com a alta dos preços do petróleo após fortes quedas recentes nutrindo o apetite por risco. O centro das atenções, porém, é a reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que deve anunciar na quarta-feira o primeiro aumento de juros em quase uma década.
"O mercado dá como fato que o Fed vai subir juros amanhã. Mas é um evento importante e é normal que o mercado trabalhe com um pouco mais de cautela enquanto isso não se confirma", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra, em operação que não tem como fim a rolagem de contratos já existentes.
Pela manhã, o BC também deu sequência à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 6,019 bilhões de dólares, ou cerca de 56 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.