Dólar recua em dia de volatilidade e atuações do BC
Às 15:09, moeda recuava 0,077%, a 4,1549 reais na venda
Reuters
Publicado em 28 de agosto de 2019 às 09h18.
Última atualização em 28 de agosto de 2019 às 15h13.
São Paulo — O dólar tinha pouca variação contra o real nesta quarta-feira, em mais um dia de volatilidade no mercado de câmbio em meio a atuações do Banco Central, um dia depois de a autoridade monetária intervir no mercado com venda de dólar pela primeira vez desde 2009.
As disputas comerciais entre Estados Unidos e China e temores sobre seu impacto sobre a economia global ainda se mantinham de pano de fundo, em dia de maior aversão ao risco no exterior.
Às 15:09, o dólar recuava 0,077%, a 4,1549 reais na venda.
Na véspera, o dólar subiu 0,45%, a 4,1581 na venda, maior patamar desde 14 de setembro de 2018. Na máxima intradiária, a cotação bateu 4,1956 reais na venda. Pela taxa de compra, o pico foi de 4,1943 reais, maior patamar durante os negócios desde 17 de setembro do ano passado.
Depois de o dólar bater essa máxima, o BC anunciou a operação de venda de dólar à vista em operação extraordinária e sem estar conjugada com outros instrumentos, na esteira de crescente demanda do mercado por uma atuação mais incisiva da autoridade monetária.
Neste pregão, o dólar futuro tinha alta de cerca de 0,5%.
Alessando Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, destaca o fator de "imprevisibilidade" de atuação do BC com relação ao leilão à vista puro, que acabou por retirar os comprados da zona de conforto. Para ele, nessa forma de atuação a eficiência é muito maior, até por mostrar que a instituição está atenta a disfuncionalidades e distorções na taxa de câmbio.
"O cenário externo está recheado de incertezas e isso tudo resulta em fuga de capital estrangeiro. A volatilidade vai continuar sendo grande justamente porque temos uma série de fatores influenciando pra isso."
Contra uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,16%, a 98,160.
O BC vendeu 25 milhões dos 550 milhões de dólares em moeda física nesta quarta-feira e negociou ainda 500 contratos de swap cambial reverso dos 11 mil ofertados -- nos quais assume posição comprada em dólar.
Adicionalmente, a autarquia disponibilizará até 1,5 bilhão de dólares em linhas de dólares com compromisso de recompra, em operação que visa rolar parte dos 3,8 bilhões de dólares vincendos em 4 de setembro nessa modalidade.