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Dólar recua 0,8% na semana com Previdência e negociações EUA e China

Moeda recuou 0,97% e encerrou o pregão desta sexta-feira (15) a R$ 3,7037

Dólar: Moeda encerrou o dia a R$ 3,70 (Burak Karademir/Getty Images)

Dólar: Moeda encerrou o dia a R$ 3,70 (Burak Karademir/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 17h12.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 17h32.

O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira, retornando ao patamar dos 3,70 reais após pregão volátil, com investidores otimistas após divulgação de detalhes sobre a reforma da Previdência na véspera e declarações de China e Estados Unidos de progresso nas negociações comerciais.

O dólar recuou 0,97 por cento, a 3,7037 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda alcançou 3,7272 reais e, na mínima, tocou 3,7002 reais. Na semana, o acumulado foi de queda de 0,8 por cento frente ao real.

O dólar futuro tinha queda de 0,6 por cento.

Para participantes do mercado, o anúncio do governo de fixar a idade mínima de aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com período de transição de 12 anos, na proposta de reforma da Previdência, seguiu ditando otimismo.

O secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o texto será enviado ao Congresso no dia 20.

"A maior parte (da queda do dólar) se deve ao cenário interno. A declaração sobre a reforma da Previdência e o fato de que está mais próximo dela (a proposta) ser apresentada trouxe otimismo", avaliou o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini.

A questão agora é quanto da proposta o governo conseguirá manter nas negociações com parlamentares.

O mercado também monitorou a evolução da crise envolvendo o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, após denúncias de esquema de candidatos-laranja dentro do PSL.

Uma fonte próxima a Bebianno disse à Reuters que Bolsonaro decidiu que o ministro ficará no cargo, o que foi comunicado a ele pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

No front externo, declarações de autoridades da China e dos Estados Unidos de progresso e consenso sobre pontos cruciais nas negociações comerciais também animaram o mercado, alimentando o apetite por risco.

As conversas serão retomadas em Washington na próxima semana. O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu que o prazo para entrada em vigor de maiores tarifas contra importações chinesas, previstas para entrar em vigor 1º de março, pode ser prorrogado.

"As declarações do presidente norte-americano (Donald Trump) sobre as negociações com a China trazem um pouco de alívio para a economia como um todo", afirmou Pellegrini.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 5,681 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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