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Dólar passa a cair após pesquisa eleitoral mostrar avanço de Bolsonaro

Segundo a pesquisa do Instituro Paraná, Bolsonaro segue na liderança, com 31,2 por cento das intenções de votos, ante 20,2 por cento de Haddad

Dólar caía e operava na casa de 4,05 após levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostrar avanço do candidato Jair Bolsonaro (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2018 às 11h16.

Última atualização em 26 de setembro de 2018 às 12h28.

São Paulo - O dólar caía e operava na casa de 4,05 reais após levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostrar avanço do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e vitória contra Fernando Haddad (PT) em cenário de segundo turno.

Às 12:00, o dólar recuava 0,61 por cento, a 4,0581 reais na venda. Na máxima, logo depois da abertura, a moeda foi a 4,0949 reais e, na mínima a 4,0501 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,47 por cento.

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"O mercado gostou da pesquisa porque mostrou Bolsonaro crescendo, não consolidando sua estagnação, e ainda acima de 30 por cento", explicou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

Segundo a pesquisa do Instituto Paraná, Bolsonaro segue na liderança com 31,2 por cento das intenções de votos, ante 20,2 por cento de Haddad e 10,1 por cento de Ciro Gomes (PDT). No levantamento anterior, os percentuais eram de, respectivamente, 26,6 por cento, 8,3 por cento e 11,9 por cento.

Em uma simulação de segundo turno contra o petista, Bolsonaro venceria com 44,3 por cento dos votos contra 39,4 por cento de Haddad.

Mais cedo nesta semana, os mercados haviam mostrado preocupação com um cenário de maior dificuldade para Bolsonaro. O mercado prefere alguém mais comprometido com o ajuste das contas públicas e tem jogado suas fichas recentemente em Bolsonaro, já que o preferido Geraldo Alckmin (PSDB) segue sem tração nas pesquisas.

Os investidores ainda aguardam novo levantamento Ibope, preparado a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), às 14h.

"As pesquisas de hoje serão de extrema relevância para consolidar ou esvaziar parcialmente a leitura de estagnação das intenções de voto em Jair Bolsonaro, bem como a crescente de Fernando Haddad, especialmente no que se refere às expectativas de iminente segundo turno entre esses", afirmou a equipe da corretora H.Commcor em relatório divulgado mais cedo.

As atenções nesta quarta-feira também estão voltadas para a decisão de política monetária do Federal Reserve. Com os investidores dando como certo o aumento dos juros, buscarão pistas sobre o ritmo do aperto monetário pelo banco central norte-americano.

No exterior, a expectativa pela decisão do banco central norte-americano mantém o dólar em alta ante a cesta de moedas. Ante as divisas de países emergentes a moeda tinha comportamento misto, em queda ante os pesos chileno e mexicano e o rand sul-africano e em alta ante o rublo e o peso argentino.

O Fed divulga junto com a decisão de política monetária novas projeções econômicas e em seguida o chair Jerome Powell dará entrevista à imprensa. O mercado buscará indícios sobre o futuro da política monetária diante da aceleração no crescimento econômico dos Estados Unidos e do ambiente mais adverso com aguerra comercial com a China.

"Ao Federal Reserve, em território relativamente desconhecido, resta seguir em diante com a normalização das taxas de juros, de modo a evitar uma surpresa inflacionária além do controle, sem, no entanto, travar o atual ritmo da economia", afirmou a gestora Infinity em relatório.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. O BC já rolou até esta sexta-feira 9,265 bilhões de dólares em swaps cambiais do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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