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Dólar mantém recuo com exterior e correção

Às 12h12, o dólar recuava 0,46% a 3,8575 reais na venda, depois de ter subido 2,04% na véspera, para 3,8755 reais

Nos EUA: o dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas e caía ante a maioria das divisas emergentes e de exportadores de commodities, como o peso mexicano (Gary Cameron/Reuters)

Nos EUA: o dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas e caía ante a maioria das divisas emergentes e de exportadores de commodities, como o peso mexicano (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2018 às 13h45.

Última atualização em 28 de junho de 2018 às 13h47.

São Paulo - O dólar caía ante o real nesta quinta-feira e operava na casa de 3,85 reais, acompanhando o cenário externo e em correção depois de ter alcançado na véspera o maior patamar desde o começo do mês.

A divulgação de pesquisa de intenção de voto do Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) contribuiu para a correção da moeda, que renovou as mínimas da sessão.

Às 12:12, o dólar recuava 0,46 por cento, a 3,8575 reais na venda, depois de ter subido 2,04 por cento na véspera, para 3,8755 reais. Na mínima desta sessão, a moeda foi a 3,8348 reais. O dólar futuro tinha queda de 0,14 por cento.

"O dólar caía ante emergentes e os dados mais fracos da economia norte-americana ajudaram a reforçar essa trajetória. Internamente, tivemos ainda a contribuição da pesquisa Ibope, que mostra a esquerda sem força", avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

Nos Estados Unidos, o dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas e caía ante a maioria das divisas emergentes e de exportadores de commodities, como o peso mexicano.

A economia norte-americana cresceu 2 por cento no primeiro trimestre deste ano, em dado revisado para baixo da taxa de 2,2 por cento divulgada no mês passado devido ao desempenho mais fraco dos gastos dos consumidores em quase cinco anos.

Internamente, a pesquisa Ibope mostrou que o pré-candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro, lidera a corrida presidencial no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 17 por cento das intenções de voto, mas tecnicamente empatado no limite da margem de erro com Marina Silva (Rede), que registrou 13 por cento.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) veio a seguir, com 8 por cento, à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 6 por cento na pesquisa, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.

Candidato do PT no cenário sem Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, aparece com apenas 2 por cento.

"Como não trabalhamos com a hipótese de Lula conseguir ser candidato, vemos o PT e o Ciro Gomes fracos na disputa", destacou Faria Júnior, para quem o ex-presidente, preso em condenação do tríplex do Guarujá, não conseguirá registrar sua candidatura.

A defesa de Lula apresentou uma nova ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Edson Fachin de remeter o pedido de liberdade do petista para julgamento no plenário, em vez da Segunda Turma da corte.

O Banco Central, por enquanto, não anunciou novas intervenções no mercado cambial para esta sessão.

Apenas realizou o último leilão de swaps para rolagem do vencimento de julho, que totalizava 8,762 bilhões de dólares, com oferta de 8,03 mil contratos, vendidos integralmente.

Diante dos recentes leilões de novos contratos de swap cambial tradicional, muitos com vencimento em agosto, o volume a vencer totaliza 14,023 bilhões de dólares, segundo dados do Banco Central.

Em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, repetiu que a autoridade continuará acompanhando os mercados, dando liquidez e usando diversos instrumentos, se necessário, e que não vê problemas em ir além com os estoques de swaps cambiais.

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