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Dólar ignora leilão do BC e cai 0,38%, a R$ 1,7178

A moeda fechou negociada a 1,7178 real para venda, em queda de 0,38 por cento. Foi o segundo dia seguido em que a moeda norte-americana fechou em baixa

A Moody's também disse que a aprovação no Congresso do aumento do limite do endividamento no dia 2 de agosto é um "passo dado numa boa direção, o da redução do déficit" ( Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 17h38.

São Paulo - O dólar fechou em queda diante do real nesta quarta-feira, sem que um leilão de compra de dólares a termo realizado pelo Banco Central tivesse impacto sobre a cotação. Segundo operadores do de câmbio, a divisa norte-americana segue pressionada pelo grande fluxo de entrada de recursos no país.

A moeda fechou negociada a 1,7178 real para venda, em queda de 0,38 por cento. Foi o segundo dia seguido em que a moeda norte-americana fechou em baixa.

No início da tarde, o BC anunciou um leilão de compra de dólares a termo, o segundo desde que voltou a atuar no mercado, na semana passada. A taxa de corte desse leilão ficou em 1,7339 real, com liquidação em 21 de março. Essa foi a terceira intervenção da autoridade monetária em quatro sessões.

Na sexta-feira, a autoridade monetária fez um leilão de compra de dólares no mercado a termo, na primeira intervenção do ano e a primeira do tipo desde julho do ano passado.

Na segunda-feira, o BC fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista pela primeira vez desde setembro. Nesse dia, o BC conseguiu interromper a trajetória de queda do dólar após quatro dias consecutivos de baixa, mas já na terça-feira a cotação voltou a declinar.

"Houve época em que o BC entrava duas vezes por dia no mercado e as operações tinham maior impacto", disse o operador de câmbio da corretora Hencorp Comcorp Guilherme Mônaco. Ele observou que, devido ao forte ingresso de recursos, nem a Bovespa tem conseguido realizar lucros.

Também nesta quarta-feira, o BC informou que o Brasil registrou em janeiro o maior superávit cambial em quatro meses. No mês passado, o fluxo cambial -entrada e saída de moeda estrangeira do país- ficou positivo em 7,283 bilhões de dólares, o maior desde setembro. Nos três primeiros dias de fevereiro, ingressaram no Brasil mais 3,794 bilhões de dólares.

"Vamos continuar enfrentando os percalços de uma enxurrada de dólares", previu o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

A atuação do BC no mercado a termo tem menos eficácia do que as operações à vista, observou Galhardo. Ao fazer essa opção, porém, o BC pode estar tentando impedir a montagem de posições vendidas no mercado futuro por parte dos estrangeiros, afirmou o gerente de câmbio.

No cenário externo, Mônaco, da corretora Cruzeiro do Sul, apontou a expectativa de um acordo para que a Grécia receba mais um pacote de ajuda externa e evite um calote desordenado de sua dívida. Apesar das dificuldades nas negociações, "o acordo deve vir positivo", disse Mônaco. Esse resultado tende a favorecer o fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, declarou.

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São Paulo - O dólar fechou em queda diante do real nesta quarta-feira, sem que um leilão de compra de dólares a termo realizado pelo Banco Central tivesse impacto sobre a cotação. Segundo operadores do de câmbio, a divisa norte-americana segue pressionada pelo grande fluxo de entrada de recursos no país.

A moeda fechou negociada a 1,7178 real para venda, em queda de 0,38 por cento. Foi o segundo dia seguido em que a moeda norte-americana fechou em baixa.

No início da tarde, o BC anunciou um leilão de compra de dólares a termo, o segundo desde que voltou a atuar no mercado, na semana passada. A taxa de corte desse leilão ficou em 1,7339 real, com liquidação em 21 de março. Essa foi a terceira intervenção da autoridade monetária em quatro sessões.

Na sexta-feira, a autoridade monetária fez um leilão de compra de dólares no mercado a termo, na primeira intervenção do ano e a primeira do tipo desde julho do ano passado.

Na segunda-feira, o BC fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista pela primeira vez desde setembro. Nesse dia, o BC conseguiu interromper a trajetória de queda do dólar após quatro dias consecutivos de baixa, mas já na terça-feira a cotação voltou a declinar.

"Houve época em que o BC entrava duas vezes por dia no mercado e as operações tinham maior impacto", disse o operador de câmbio da corretora Hencorp Comcorp Guilherme Mônaco. Ele observou que, devido ao forte ingresso de recursos, nem a Bovespa tem conseguido realizar lucros.

Também nesta quarta-feira, o BC informou que o Brasil registrou em janeiro o maior superávit cambial em quatro meses. No mês passado, o fluxo cambial -entrada e saída de moeda estrangeira do país- ficou positivo em 7,283 bilhões de dólares, o maior desde setembro. Nos três primeiros dias de fevereiro, ingressaram no Brasil mais 3,794 bilhões de dólares.

"Vamos continuar enfrentando os percalços de uma enxurrada de dólares", previu o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

A atuação do BC no mercado a termo tem menos eficácia do que as operações à vista, observou Galhardo. Ao fazer essa opção, porém, o BC pode estar tentando impedir a montagem de posições vendidas no mercado futuro por parte dos estrangeiros, afirmou o gerente de câmbio.

No cenário externo, Mônaco, da corretora Cruzeiro do Sul, apontou a expectativa de um acordo para que a Grécia receba mais um pacote de ajuda externa e evite um calote desordenado de sua dívida. Apesar das dificuldades nas negociações, "o acordo deve vir positivo", disse Mônaco. Esse resultado tende a favorecer o fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, declarou.

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