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Dólar futuro segue exterior e cai com commodities

Entre os fatores que estão pressionando a moeda para baixo, está a alta dos preços futuros das commodities (petróleo e algumas agrícolas e metálicas)

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 09h48.

São Paulo - A queda do dólar no exterior nesta quinta-feira é acompanhada pelo mercado doméstico de câmbio neste início da sessão. O dólar futuro para novembro de 2012 abriu há pouco em baixa, a R$ 2,0455 (-0,17%) e, até 9h14, oscilou entre mínima de R$ 2,0430 (-0,29%) e máxima de R$ 2,0460 (-0,15%). Entre os fatores que estão pressionando a moeda para baixo estão a alta dos preços futuros das commodities (petróleo e algumas agrícolas e metálicas) no mercado internacional e a valorização do euro, após a agência Standard & Poor's rebaixar na quarta-feira (10) a Espanha e deixar o país à beira do grau especulativo.

No final da tarde dessa quarta-feira (10), a S&P reduziu o rating da Espanha em dois graus, para 'BBB-', e manteve a perspectiva negativa do país. A expectativa nos mercados é de que ação da S&P deve elevar a pressão para que o primeiro-ministro (Mariano Rajoy) procure assistência externa, talvez já na próxima cúpula da (União Europeia), nos dias 18 e 19 de outubro. De imediato, as atenções dos agentes financeiros estão voltadas para as reuniões dos líderes do Fundo Monetário Internacional e do G-7 para discutir medidas para solucionar os problemas da dívida da zona do euro. Às 9h14, o euro estava em US$ 1,2920, de US$ 1,2875 no fim da tarde de quarta-feira (10). O dólar norte-americano recuava em relação ao dólar australiano (-0,47%), ao dólar canadense (-0,27%), à rupia indiana (-0,69%) e ao dólar neozelandês (-0,12%).

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No Brasil, a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de baixar a Selic de 7,50% para 7,25% colabora para reduzir o diferencial de taxas entre o Brasil e outros países no mundo, disse o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A redução dos juros nos ajuda a diminuir a arbitragem e a impedir a valorização do real", afirmou ele ontem à noite, depois de participar de uma reunião dos Brics, em Tóquio. Perguntado sobre o que ele espera para a próxima reunião do Copom, Mantega disse: "eu não espero nada."

Para um operador de tesouraria de um banco, a decisão de ontem à noite do Copom deve mexer pouco com o mercado de câmbio, porque já tinha sido precificada pelos agentes financeiros de a decisão não foi unânime. "Como houve divisão no placar da reunião - cinco membros votaram a favor do corte e três pela manutenção -, o mercado passou a avaliar que o ciclo de afrouxamento monetário poderá ser interrompido em novembro. "Pode ser praticamente neutro hoje o impacto sobre o câmbio", afirmou a fonte.

Apesar da queda inicial da moeda ante o real, de acordo com esse profissional, é possível haver uma realização de lucros hoje, já que o dólar se mantém acima do patamar de R$ 2,04. "Isso dependerá do humor do mercado externo ao longo do dia", ponderou.

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