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Dólar fecha em queda com ajuste técnico e alívio no exterior

Investidores aproveitaram o ambiente mais tranquilo no exterior para realizar alguns ajustes no mercado doméstico depois da alta vista nas últimas sessões


	Dólar: no término do pregão no balcão, o dólar à vista fechou negociado a R$ 2,8310 (-1,36%)
 (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)

Dólar: no término do pregão no balcão, o dólar à vista fechou negociado a R$ 2,8310 (-1,36%) (Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 16h08.

São Paulo - O dólar e as taxas de juros futuras fecharam em queda nesta quinta-feira, 12, à medida que os investidores aproveitaram o ambiente mais tranquilo no exterior para realizar alguns ajustes no mercado doméstico depois da alta vista nas últimas sessões.

No término do pregão no balcão, o dólar à vista fechou negociado a R$ 2,8310 (-1,36%).

O volume de negócios totalizava US$ 762 milhões na clearing de câmbio da BM&FBovespa, por volta das 16h30.

No mercado futuro, o dólar para março caía 1,49%, a R$ 2,8400.

Depois de subir por quatro sessões consecutivas e atingir ontem o maior nível desde outubro de 2004, o dólar recuou nesta quinta-feira, afetado por uma realização de lucros.

O alívio das tensões na Ucrânia e na Grécia, bem como os dados fracos nos EUA, forneceu suporte para divisas de países emergentes e exportadores de commodities contra a moeda norte-americana.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje um cessar-fogo nos confrontos entre separatistas pró-Rússia e o governo da Ucrânia, que entrará em vigor a partir da meia-noite de domingo.

Em relação à Grécia, apesar da reunião emergencial do Eurogrupo sobre a dívida grega não ter chegado a uma solução ontem, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou a linha de assistência de liquidez de emergência, conhecida pela sigla ELA, para o país em cinco bilhões de euros, para 65 bilhões.

A notícia ajudou a impulsionar o euro em relação ao dólar. Há pouco a moeda era negociada US$ 1,1391, de US$ 1,1343 ontem.

Enquanto isso, nos EUA, a agenda de indicadores trouxe dados mais fracos.

As vendas no varejo do país caíram 0,8% em janeiro, no comparativo mensal, em resultado pior que o esperado pelos analistas, que aguardavam queda de 0,5%.

Já o valor dos estoques das empresas dos EUA subiu 0,1% entre novembro e dezembro, com um aumento de 0,5% nos estoques do varejo, segundo dados do Departamento do Comércio.

A previsão de analistas apontava alta de 0,2%. No mercado de trabalho, os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram para 304 mil na última semana, acima da previsão de 290 mil.

Na agenda de indicadores doméstica, apesar de o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) ter ficado melhor que a mediana das estimativas em dezembro, os agentes continuam preocupados com a situação fiscal e a economia do Brasil.

O índice, considerado uma referência para o Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,55% em dezembro, na comparação com novembro, já descontados os efeitos sazonais.

Na avaliação da equipe de pesquisa do Bradesco, a queda do indicador em dezembro reforça a expectativa de uma contração no PIB do quarto trimestre calculado pelo IBGE.

O Wells Fargo, quarto maior banco dos Estados Unidos, disse que as denúncias de corrupção na Petrobras, o fraco nível de consumo e o baixo investimento podem ter "sérias consequências" na atividade econômica do Brasil este ano e possivelmente em 2016.

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