Dólares: passada a tensão com as últimas movimentações das agências de classificação de risco e a expectativa com as manifestações populares contra o governo, o mercado corrige exageros (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2015 às 18h02.
São Paulo - Em uma sessão marcada pela volatilidade e pelo volume de negócios reduzido, o dólar à vista fechou em baixa de 0,52% nesta terça-feira, 18, cotado a R$ 3,467. Mesmo somando três dias sem subir, a moeda norte-americana acumula valorização de 1,46% em agosto.
Pela manhã, a cotação do dólar no mercado de balcão chegou à máxima de R$ 3,503 (alta de 0,52%), enquanto o mercado ainda acompanhava a agitação do cenário externo diante de mais uma forte queda nas bolsas chinesas e em função de alguns números positivos sobre a economia americana.
Em meio ao baixo volume de negócios, alguns ingressos de recursos no fim da manhã e principalmente a desmontagem de posições compradas no mercado futuro acabaram por determinar a tendência de baixa do mercado à vista, que prevaleceu até o encerramento dos negócios. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,455 (-0,86%).
A explicação para a menor pressão sobre o câmbio está no ambiente doméstico mais ameno, embora a cautela com o cenário político e econômico se mantenha firme.
Passada a tensão com as últimas movimentações das agências de classificação de risco e a expectativa com as manifestações populares contra o governo, o mercado corrige exageros.
Segundo operadores, há ainda uma forte resistência ao patamar dos R$ 3,50, que costuma deflagrar ordens de venda. Às 16h33, o dólar com vencimento em setembro tinha baixa de 0,40%, cotado a R$ 3,484.
O Banco Central, que recentemente sinalizou que não haverá intervenção no câmbio à vista, segue ofertando derivativos cambiais, por meio da rolagem integral da dívida atrelada ao dólar, o que contribui para a menor pressão.
Hoje a autoridade monetária vendeu mais 11 mil contratos de swap cambial, na rolagem de títulos que vencem em 1º de setembro de 2015. O valor total da operação foi de US$ 529,4 milhões.
Para setembro, estão previstos vencimentos de 200.540 contratos dessa natureza, que totalizam US$ 10,027 bilhões.