Mercados

Dólar fecha em alta com depoimento de Janet Yellen

Segundo investidores, presidente do Federal Reserve indicou que a taxa dos Fed Funds poderia subir antes do que o mercado espera


	Dólar: no balcão, moeda encerrou com alta de 0,41%, cotada em R$ 2,222
 (Revisorweb/WikimediaCommons)

Dólar: no balcão, moeda encerrou com alta de 0,41%, cotada em R$ 2,222 (Revisorweb/WikimediaCommons)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h29.

São Paulo - O dólar ante o real fechou em alta a sessão desta terça-feira, 15, em linha com a tendência do mercado global de moedas, por sua vez determinada pelo depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, ao Congresso norte-americano no final da manhã.

Segundo operadores, os negócios se desenvolveram em meio a um giro razoável tanto no segmento à vista quanto no futuro.

Na leitura dos investidores, Yellen indicou que a taxa dos Fed Funds poderia subir antes do que o mercado espera, ao fazer referências ao comportamento do mercado de trabalho.

Segundo operadores, no final da sessão, o avanço perdeu um pouco do ímpeto, já que alguns players que haviam comprado mais cedo decidiram vender moeda aproveitando as cotações em alta, em movimento de day trade. No balcão, o dólar encerrou com alta de 0,41%, cotado em R$ 2,222.

Na máxima, subiu 0,63%, a R$ 2,2270 e, na mínima, ficou estável em R$ 2,2130. Perto das 16h30, o dólar para agosto subia 0,45%, a R$ 2,2315.

A moeda já estava em leve alta pela manhã acompanhando o movimento no exterior, mas acentuou a trajetória ascendente com o depoimento de Yellen.

Ela reafirmou que a alteração na política de juro acomodatícia do Fed está ligada principalmente à recuperação do mercado de trabalho.

"Se o mercado de trabalho continuar a melhorar mais rapidamente do que o antecipado pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), resultando em uma convergência mais rápida no sentido de nosso mandato duplo, então o aumento dos Fed funds poderia ocorrer mais rápido do que o esperado", afirmou.

Com isso, as chances de uma elevação das taxas na reunião de junho de 2015 avançaram para 50%, de 44% ontem, segundo a provedora de dados CME Group. Contudo,

Yellen disse não haver uma fórmula ou resposta automática para o momento da primeira elevação dos juros, mas apontou que a maioria dos membros do Fomc espera que isso ocorra em 2015 e que os Fed funds terminem o próximo ano próximos de 1%.

Dentro do programa de intervenção diária, o Banco Central vendeu em leilão a oferta de 4.000 contratos de swap cambial para 2/2/2015 e 1º/6/2015, no valor total de US$ 198,5 milhões.

Na operação de rolagem, vendeu 7 mil contratos de swap cambial que vencem em 1º de agosto de 2014, com valor total de US$ 346,4 milhões.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMercado de trabalhoMoedasReal

Mais de Mercados

Bradesco surpreende mercado no 2º tri e aumenta aposta: “vamos ficar acima do esperado”

Temor de recessão nos Estados Unidos derruba Bolsas na Ásia e Europa

Ibovespa abre em queda de 2% com tombo do mercado no Japão; dolar sobe 1,52% a R$ 5,797

Queda no Japão e na Europa e disparada do índice VIX: o que está acontecendo com as bolsas hoje?

Mais na Exame