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Dólar fecha com leve alta, mas recua pela 7ª semana

Declarações de um dirigente do Fed indicando que os juros poderiam subir em março, levaram a moeda norte-americana a fechar perto da estabilidade

Dólar: "O mercado está sensível. Depois da fala do dirigente do Fed, o dólar devolveu a queda com que vinha trabalhando até então" (Juan Barreto/AFP)
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Reuters

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 17h52.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2017 às 18h59.

São Paulo - O dólar fechou a sexta-feira com leve alta ante o real, após operar em queda durante quase toda a sessão, refletindo dados mistos sobre o mercado de trabalho norte-americano, que reduziram as apostas de um aumento dos juros nos EUA em breve.

Perto do fechamento, contudo, declarações de um dirigente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, indicando que os juros nos EUA poderiam subir em março, levaram a moeda norte-americana a se recuperar e fechar perto da estabilidade.

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O dólar avançou 0,05 por cento, a 3,1235 reais na venda.

Na semana, o dólar recuou 0,90 por cento ante o real, na sétima semana consecutiva de queda, com recuo acumulado no período de 7,88 por cento.

Na mínima desta sessão, o dólar recuou a 3,1049 reais. O dólar futuro operava perto da estabilidade, com leve alta de 0,02 por cento.

"O mercado está sensível. Depois da fala do dirigente do Fed, o dólar devolveu a queda com que vinha trabalhando até então", justificou um profissional da mesa para explicar a devolução da queda do dólar na reta final da sessão.

A moeda, que vinha caindo ante uma cesta de divisas,passou a subir depois que o presidente do Federal Reserve de San Francisco, John Williams, disse ver argumentos para alta de juros no país já no encontro de política monetária de março. Foi quando o dólar também devolveu a queda ante o real, no Brasil.

Os investidores seguem atrás de pistas sobre qual será o próximo passo do Federal Reserve, banco central norte-americano, em relação à política monetária no país.

O Fed não deixou claro após o término de sua reunião de política monetária nesta semana a trajetória dos aumentos de juros, limitando-se a sugerir que estava no caminho para subir as taxas neste ano.

Antes disso, o dólar vinha caindo e tinha voltado a flertar com o nível de 3,10 reais após os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos terem trazido sinais mistos.

"Apesar de ter havido aumento da contratação, o dado salarial foi pior. O qualitativo dos dados foi negativo", explicou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.

Pelos dados divulgados nesta sexta-feira, apesar de terem sido criadas 227 mil vagas em janeiro, bem acima das 175 mil previstas em pesquisa Reuters, a renda média/hora subiu apenas 0,1 por cento, menos do que o 0,3 por cento estimado.

"Além disso, o rendimento de dezembro foi revisado para baixo", acrescentou Serrano.

A taxa de desemprego também ficou acima do esperado, 4,8 por cento ante 4,7 por cento em pesquisa Reuters, mostrando que mais gente saiu à procura de emprego.

O dado divulgado é mais abrangente do que o Relatório Nacional de Emprego da ADP, que na quarta-feira havia impulsionado o dólar ao informar que o setor privado abriu 246 mil empregos em janeiro, muito acima dos 165 mil estimados pelos economistas ouvidos pela Reuters.

Internamente, a expectativa de ingresso de recursos em razão de novas captações de empresas brasileiras, assim como o otimismo com a aprovação das reformas fiscais após o governo ter garantido aliados nas presidências da Câmara e Senado, contribuíam para o recuo do dólar ante o real na maior parte da sessão.

O Banco Central novamente não fez qualquer intervenção no mercado de câmbio.

Acompanhe tudo sobre:DólarFed – Federal Reserve System

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