Dólar: força da moeda também teve como respaldo a percepção de que o Banco Central estava hesitando em atuar no mercado cambial (Rick Wilking/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de novembro de 2019 às 17h56.
Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 18h03.
São Paulo — O dólar até desacelerou a alta depois de dois leilões extraordinários promovidos pelo Banco Central no mercado à vista, mas ainda assim fechou com folga em nova máxima recorde nesta terça-feira, depois de ao longo do pregão disparar a quase 4,28 reais e cravar novo pico histórico também para o intradia.
A onda de compra de moeda foi deflagrada depois de declarações dadas na véspera pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, indicando que o dólar alto veio para ficar.
A força da moeda, contudo, também teve como respaldo a percepção de que o Banco Central estava hesitando em atuar no mercado cambial, o que forçou duas intervenções da autoridade monetária no mercado à vista.
No mercado interbancário, cujas operações se encerram às 17h, o dólar fechou em alta de 0,59%, a 4,2398 reais na venda, mais de 2 centavos acima da máxima anterior --de 4,2150 reais na venda, marcada na véspera.
Durante os negócios, a cotação cravou 4,2785 reais na venda. Na compra, a moeda foi a 4,2770 reais, superando com folga a taxa de 4,2482 reais na compra alcançada em 24 de setembro de 2015, quando os mercados domésticos sofriam com forte volatilidade logo depois de a S&P retirar do Brasil o grau de investimento.
Na B3, em que as operações vão até as 18h15, o contrato de dólar mais negociado subia 0,27%, a 4,2400 reais, após máxima de 4,2775 reais