Mercados

Dólar comercial abre em baixa de 0,53%, a R$ 1,704

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,53%, negociado a R$ 1,704 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana avançou 0,23% e foi cotada a R$ 1,713 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2010 às 09h06.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,53%, negociado a R$ 1,704 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana avançou 0,23% e foi cotada a R$ 1,713 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com

liquidação à vista abriu o dia em baixa de 0,69%, a R$ 1,7032.

A semana começou com a China contrariando as expectativas do mercado ao manter o juro estável, apesar de registrar inflação de 5,1% em novembro. Mas a agenda do período vai muito além disso: há reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos EUA e as votações do pacote de ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia na Irlanda, além da renovação dos incentivos fiscais nos Estados Unidos. No Brasil, está previsto que a presidente eleita, Dilma Rousseff, conclua até quarta-feira o arranjo ministerial do novo governo. Ou seja, enquanto os mercados acertam os últimos negócios que antecedem o intervalo das festas de fim de ano, governos e bancos centrais continuam enfrentando os desafios colocados em consequência da crise de 2008.

O governo chinês não alterou a taxa básica de juros do país, mas deixou claro que a prioridade do governo é com a estabilidade de preços e reiterou que vai implementar uma política fiscal "ativa" e uma política monetária "prudente" no próximo ano, com esforços para que o yuan se situe em um nível "razoável". Com isso, o assunto não se esgota, apesar de os mercados encontrarem um refresco na manhã de hoje. O sentimento de aversão ao risco diminui e, no mercado de moedas, isso representa enfraquecimento do dólar no exterior.

No Brasil, a queda da moeda norte-americana encontra uma resistência, que é a disposição do governo em controlar a valorização do real. Na semana passada, depois de ver o dólar fechar quatro pregões baixo de R$ 1,70, sem motivos aparentes, a equipe econômica voltou a sinalizar insatisfação com o comportamento do câmbio.

Primeiro foi o Banco Central (BC), que retomou os leilões duplos de compra no mercado à vista. Em um segundo momento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em meados de novembro havia falado em nível satisfatório da taxa de câmbio, disse em entrevista que o governo está atento ao comportamento da moeda e que vai intervir novamente, se necessário.

Com isso, Mantega voltou ao discurso que manteve em um passado recente, quando determinou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para entrada de capital estrangeiro e lutou para obter, junto ao G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), uma "autorização" para que países emergentes prejudicados por excesso de liquidez internacional possam adotar medidas de controle de capital, sem maiores críticas ou retaliações. O BC e Mantega recolocaram no mercado doméstico de câmbio a incerteza a respeito de intervenções cambiais, o que deve ser uma variável para segurar a queda do dólar.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame