Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,23%, negociado a R$ 1,736 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana subiu 0,99% e foi cotada a R$ 1,74 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em baixa de 0,30%, a R$ 1,7345.

Nada mudou entre ontem e hoje e as preocupações e dúvidas continuam quanto às dívidas soberanas da Europa, à condução da política monetária da China e ao ritmo de atividade dos Estados Unidos. Mas depois de dias seguidos em que a tensão com esses temas dominou os negócios, os mercados tentam melhorar na manhã de hoje.

"Ontem e nos últimos pregões, o movimento de alta do dólar foi forte e os investidores estão tirando o exagero na abertura. Precisamos observar se esse movimento vai ter força para se consolidar no restante do pregão", disse um especialista, acrescentando que a trajetória do dólar no dia depende do comportamento dos negócios no exterior.

Lá fora, as expectativas recaem sobre a Europa, onde ocorrem as negociações sobre um eventual pacote de ajuda à Irlanda. O país resiste em aceitar o dinheiro, mas os mercados e as autoridades da zona do euro pressionam a Irlanda, pois temem contágio a outras economias da região. Fala-se em até 100 bilhões de euros de ajuda ao país. "Se o pacote vier a sair, o euro deve subir de novo, com impacto aqui", prevê um operador.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulga, às 11h30, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro. No mesmo horário, o Departamento do Comércio divulga dado sobre construções de moradias iniciadas em outubro e de permissões para novas construções. No Brasil, o Banco Central (BC) divulga às 12h30 os dados referentes ao fluxo cambial da segunda semana de novembro.