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Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 08h59.
Por Cristina Canas
São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,667 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana subiu 0,18% e foi cotada a R$ 1,67 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,17%, a R$ 1,667.
Se o volume de negócios e a oscilação das cotações do mercado doméstico de câmbio já têm sido limitados pelo ambiente de maiores intervenções do Banco Central (BC), desde o início do ano, hoje esse clima deve ser ainda mais acirrado. No exterior, as moedas estavam próximas da estabilidade e o mesmo deve ocorrer no mercado de câmbio brasileiro.
Nem mesmo o fluxo de recursos deve levar a grandes alterações no câmbio. A última captação corporativa volumosa identificada pelo mercado foi a do Itaú Unibanco (US$ 250 milhões), no fim de janeiro. Mas os recursos já teriam entrado no País, de acordo com operadores. Ontem, foi anunciada a operação do BVA. Porém, a quantia é considerada baixa, de apenas US$ 45 milhões.
A avaliação é de que depois de uma onda fortíssima de emissões externas ocorrida em janeiro, haverá um esfriamento dessas operações. A percepção é endossada pelas atuações do BC nos dois últimos pregões, quando o volume de compras caiu ante os últimos dias de janeiro. No fim do mês passado, mesmo com um feriado em São Paulo, o mercado calcula que as compras diárias médias do BC ficaram em cerca de US$ 650 milhões. Ontem, o BC teria adquirido US$ 400 milhões e, na quarta-feira, somente US$ 120 milhões.
Assim, o fato com maior potencial para mexer com os negócios do câmbio hoje é a divulgação do relatório de empregos (payroll) nos EUA, às 11h30 (horário de Brasília). Se os dados ficarem muito fora do previsto e alterarem o andamento dos mercados internacionais, os investidores domésticos vão tentar acompanhar as mudanças de rumo. Os operadores também vão continuar monitorando os acontecimentos no Egito e suas repercussões no resto do mundo.