Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,12%, negociado a R$ 1,672 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,24%, cotada a R$ 1,67. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,12%, a R$ 1,671.

Hoje, o mundo financeiro amanheceu dando continuidade à empolgação de ontem, mas o rebaixamento da classificação de risco da Irlanda freou um pouco o entusiasmo dos investidores. O euro é a divisa mais atingida, mas ainda assim a notícia foi incapaz de provocar um estrago.

No Brasil, a avaliação unânime do mercado é de que, enquanto o dólar sustentar a queda generalizada no exterior, a moeda recuará também diante do real. Porém, hoje pode haver uma realização de lucros. No pregão de ontem, quando o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 4% nas entradas de capital para renda fixa passou a vigorar, o dólar caiu fortemente e encerrou o dia nos menores níveis desde setembro de 2009. Além da forte desvalorização da moeda americana no exterior, teria pesado sobre os negócios uma entrada significativa de dólares. Se isso realmente ocorreu, um ajuste de alta é provável.

O impacto da alta do IOF em operações de estrangeiros com renda fixa vai continuar sendo medido pelo mercado ao longo do dia. Ontem, em meio ao cenário internacional de euforia e à suspeita de entrada de recursos, os analistas consideravam que era prematuro afirmar que a medida não teria efeito no câmbio. Ainda assim, era consenso que o impacto é limitado e pode se exaurir rapidamente.