Dólar chega a R$2 com aversão ao risco e especulação
Segundo operadores, o mercado repercutia o impasse político na Grécia, gerando maior aversão ao risco e detonando compras da moeda norte-americana
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2012 às 15h39.
São Paulo - O dólar acelerou ganhos ante o real e chegou a subir mais de 2 por cento, voltando ao patamar de 2 reais após quase três anos.
Segundo operadores, o mercado repercutia o impasse político na Grécia, gerando maior aversão ao risco e detonando compras da moeda norte-americana, com investidores com medo de ficar sem dólares.
O movimento de alta ainda foi impulsionado por especulações e o receio do mercado agora é que o Banco Central possa entrar no mercado vendendo dólares de alguma forma, para evitar uma valorização excessiva da moeda.
Às 15h14 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 1,64 por cento, cotado a 1,9875 real.
Na máxima do dia, chegou a 2,0030 real. A moeda norte-americana não voltava ao patamar de 2 reais desde de 13 julho de 2009, no intradia, quando chegou a 2,0110 real.
"O movimento de alta começou com o cenário ruim lá fora e houve um efeito manada, todo mundo quer comprar, não quer ficar sem dólar", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. Para ele, o dólar pode até subir um pouco mais, mas esse receio de que o BC atue para conter a alta pode limitar a alta da moeda.
Ele destacou que, logo depois de atingir 2 reais, o dólar já havia voltado ao patamar de 1,99 real. "Tem essa possibilidade [do BC vender dólar], talvez não no pronto, mas no mercado futuro, usando um swap cambial. Talvez até o medo que ele entre pode segurar um pouco a moeda", afirmou o gerente.
No entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que o governo nunca estabeleceu nenhum parâmetro para o dólar, nem vai estabelecer, e que a cotação mais alta da divisa norte-americana não preocupa.
Um operador de câmbio, que prefere não ser identificado, ainda destacou a piora generalizada vista nos mercados, o que pode ter se somado a um movimento especulativo.
"O mercado internacional está todo em queda, todas as bolsas na europa fecharam com quedas acentuadas. Temos o problema da Grécia que a cada dia se complica mais politicamente. Tudo está assustando o mercado e podemos adicionar o resto aos especuladores de plantão". afirmou.
A reunião entre o presidente grego, Karolos Papoulias, e os líderes dos principais partidos do país, ocorrida no domingo, fracassou na tentativa de se formar uma coalizão.
Papoulias convidou os políticos para um novo encontro nesta segunda-feira, mas o líder socialista, Evangelos Venizelos, disse estar pessimista em relação a formação de uma coalizão. A negociação, no entanto, deve continuar na terça-feira.
São Paulo - O dólar acelerou ganhos ante o real e chegou a subir mais de 2 por cento, voltando ao patamar de 2 reais após quase três anos.
Segundo operadores, o mercado repercutia o impasse político na Grécia, gerando maior aversão ao risco e detonando compras da moeda norte-americana, com investidores com medo de ficar sem dólares.
O movimento de alta ainda foi impulsionado por especulações e o receio do mercado agora é que o Banco Central possa entrar no mercado vendendo dólares de alguma forma, para evitar uma valorização excessiva da moeda.
Às 15h14 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 1,64 por cento, cotado a 1,9875 real.
Na máxima do dia, chegou a 2,0030 real. A moeda norte-americana não voltava ao patamar de 2 reais desde de 13 julho de 2009, no intradia, quando chegou a 2,0110 real.
"O movimento de alta começou com o cenário ruim lá fora e houve um efeito manada, todo mundo quer comprar, não quer ficar sem dólar", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel. Para ele, o dólar pode até subir um pouco mais, mas esse receio de que o BC atue para conter a alta pode limitar a alta da moeda.
Ele destacou que, logo depois de atingir 2 reais, o dólar já havia voltado ao patamar de 1,99 real. "Tem essa possibilidade [do BC vender dólar], talvez não no pronto, mas no mercado futuro, usando um swap cambial. Talvez até o medo que ele entre pode segurar um pouco a moeda", afirmou o gerente.
No entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que o governo nunca estabeleceu nenhum parâmetro para o dólar, nem vai estabelecer, e que a cotação mais alta da divisa norte-americana não preocupa.
Um operador de câmbio, que prefere não ser identificado, ainda destacou a piora generalizada vista nos mercados, o que pode ter se somado a um movimento especulativo.
"O mercado internacional está todo em queda, todas as bolsas na europa fecharam com quedas acentuadas. Temos o problema da Grécia que a cada dia se complica mais politicamente. Tudo está assustando o mercado e podemos adicionar o resto aos especuladores de plantão". afirmou.
A reunião entre o presidente grego, Karolos Papoulias, e os líderes dos principais partidos do país, ocorrida no domingo, fracassou na tentativa de se formar uma coalizão.
Papoulias convidou os políticos para um novo encontro nesta segunda-feira, mas o líder socialista, Evangelos Venizelos, disse estar pessimista em relação a formação de uma coalizão. A negociação, no entanto, deve continuar na terça-feira.