Dólar cai para R$ 1,762, menor taxa desde 13 de janeiro
São Paulo - O dólar encerra a semana enfraquecido ante o real, depois de quatro quedas em cinco dias. Pesaram nesta sexta-feira o giro fraco internamente, em um dia sem noticiário que afetasse o segmento de câmbio, e o recuo da moeda americana ante outras divisas, como o euro e a libra. Ao final […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O dólar encerra a semana enfraquecido ante o real, depois de quatro quedas em cinco dias. Pesaram nesta sexta-feira o giro fraco internamente, em um dia sem noticiário que afetasse o segmento de câmbio, e o recuo da moeda americana ante outras divisas, como o euro e a libra.
Ao final do pregão de hoje, o dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fechou em queda de 0,42%, a R$ 1,762. No mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial caiu 0,45% para R$ 1,762. No mês, acumula baixa de 2,44% e no ano, alta de 1,09%. É a menor cotação do dólar desde 13 de janeiro deste ano.
O euro comercial subiu 0,17% no dia e fechou a R$ 2,424. Em março, acumula baixa de 1,42% e no ano, queda de 3%.
Nos Estados Unidos, enquanto as vendas no varejo em fevereiro surpreenderam mesmo em meio às nevascas que o país enfrentou (ao subir 0,3% quando a estimativa era de queda de 0,3%), o sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan ficou abaixo do esperado, em 72,5 em março, enquanto se esperava 73,8.
Além disso, os EUA tiveram outro fator hoje contra sua própria moeda: a notícia de que o presidente dos EUA, Barack Obama, planeja nomear Janet Yellen para o cargo de vice-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), segundo uma fonte próxima do assunto. Yellen, presidente do Fed de São Francisco desde 2004, é considerada uma das mais moderadas entre os 12 presidentes regionais do Fed, forte defensora das políticas de Ben Bernanke para combater a crise econômica, como a taxa de juro perto de zero. Por isso, a avaliação do mercado é de que a política monetária dos EUA permaneça frouxa por mais algum tempo.
Já na Europa, a produção industrial da zona do euro surpreendeu ao subir 1,7% em janeiro, na comparação com dezembro, maior aumento mensal registrado desde o início da série, em 1990. O resultado foi impulsionado pela produção de energia e superou o consenso das estimativas do mercado, que era de aumento de 0,7%.
No Brasil, o Banco Central realizou seu rotineiro leilão para compra de dólares nos minutos finais do pregão e fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,7632.
No segmento de câmbio turismo, o dólar subiu 0,22% para R$ 1,857 (venda) e R$ 1,717 (compra), em média. O euro turismo avançou 1,07% para R$ 2,54 (venda) e R$ 2,30 (compra).