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Dólar cai quase 1% seguindo expectativas de juros nos EUA

Valor da moeda americana está em R$3,24


	Dólar: valor da moeda americana está em R$3,24
 (Thinkstock/Ingram Publishing)

Dólar: valor da moeda americana está em R$3,24 (Thinkstock/Ingram Publishing)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 18h32.

São Paulo - O dólar recuou quase 1% nesta segunda-feira, 12, para o nível de R$ 3,24 no mercado à vista, em meio à percepção no mercado de câmbio de que o aperto monetário nos Estados Unidos não deve ocorrer tão cedo.

Cerca de uma semana antes da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), a diretora do BC norte-americano Lael Brainard manteve sua defesa dos juros baixos, eliminando os riscos de endurecimento do discurso embutidos no mercado. A reação ao último pronunciamento oficial antes do encontro do Fed, em 20 e 21 de setembro, foi imediata e os ativos considerados mais arriscados, como divisas de mercados emergentes, logo se apreciaram.

No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou aos R$ 3,2488, em queda de 0,96%, próximo da mínima no dia, de R$ 3,2421 (-1,13%). De acordo com dados registrados na BM&F Bovespa, o volume de negociações chegou a US$ 872,004 milhões. Já no segmento futuro, o contrato de dólar para outubro recuou 0,81%, aos R$ 3,2635, enquanto na mínima tocou R$ 3,2605 (-0,90%). O giro financeiro somou US$ 17,476 bilhões.

A diretora do Fed defendeu "prudência" na retirada da política de acomodação monetária. Como o impacto sobre a inflação de uma melhoria no mercado de trabalho deve ser moderado e gradual, "o argumento para apertar a política de maneira preventiva é menos convincente", afirmou Brainard. "Na presença de incerteza e na ausência de pressões inflacionárias que aceleram, não seria inteligente para a política descartar a possibilidade de obter mais ganhos no mercado de trabalho", argumentou a dirigente.

A expectativa em torno do discurso de Brainard era elevada desde o começo do dia, principalmente depois que o presidente do distrital de Boston, Eric Rosengren, sinalizou na sexta-feira uma postura mais favorável ao aperto monetário. Os dois dirigentes estão entre os principais defensores de juros baixos e, por isso, uma mudança de discurso poderia pavimentar as apostas para elevação de juros agora em setembro.

Texto atualizado às 18h30

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