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Dólar volta a R$3,10 e renova a mínima com fluxo positivo

O dólar recuou 0,46%, a 3,1065 reais na venda, renovando o menor patamar de fechamento desde 2 de julho de 2015 (3,0960 reais)

Dólar: na mínima da sessão, a moeda marcou 3,1023 reais e, na máxima, 3,1381 reais (foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 17h16.

Última atualização em 25 de outubro de 2016 às 17h23.

São Paulo - O dólar fechou em queda nesta terça-feira, voltando para o patamar de 3,10 reais, com fluxo contínuo de ingresso de recursos do exterior, que ofuscou os movimentos pontuais de compra vistos mais cedo diante das baixas cotações da moeda norte-americana.

O dólar recuou 0,46 por cento, a 3,1065 reais na venda, renovando o menor patamar de fechamento desde 2 de julho de 2015 (3,0960 reais). O dólar futuro cedia cerca de 0,6 por cento no final da tarde.

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Na mínima da sessão, a moeda marcou 3,1023 reais e, na máxima, 3,1381 reais. No mês de outubro até esta terça-feira, o dólar já recuou 4,47 por cento ante o real.

"A venda de dólar não está acontecendo de forma uniforme... No geral, o fluxo está se sobrepondo e, por isso, segue a trajetória de queda (do dólar)", comentou o superintendente da corretora Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

O mercado reagiu à forte entrada de dólares no país com a regularização de recursos de brasileiros no exterior, cujo prazo termina no próximo dia 31.

Segundo o Banco Central, houve entrada líquida de quase 1,6 bilhão de dólares na conta financeira ---por onde passam investimentos diretos, em portfólio e outros-- só nos últimos três dias até o dia 21 passado por conta do programa de regularização.

Segundo o último balanço divulgado pela Receita Federal, até a manhã de segunda-feira, havia sido registrado o pagamento de 33,1 bilhões de reais em imposto e multas decorrentes da regularização do total de 110,5 bilhões de reais em ativos.

O dólar chegou a ser negociado em alta durante parte do pregão, depois que bateu pela primeira vez no dia a casa de 3,10 reais e desencadeou ordens de compras para aproveitar a baixa cotação.

Além disso, segundo profissionais, a pressão de baixa da moeda norte-americana também havia sido parcialmente contida mais cedo pelo anúncio, feito na noite passada pelo BC, de que não anulará integralmente os swaps tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- com vencimento em 1º de novembro.

Segundo a assessoria de imprensa do BC, tinham sido compensados até a véspera 50 mil contratos desses swaps, equivalente a 2,5 bilhões de dólares, mas ainda restavam cerca de 3,150 bilhões de dólares (63 mil contratos).

Nesta manhã, o BC fez leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares e que tem sido usado para reduzir o estoque de swap tradicional, vendendo o lote integral de 5 mil contratos, dos quais o vencimento de 1º de novembro respondeu por 3,9 mil..

O BC pode diminuir uma parte desses contratos nos próximos leilões de swap reverso ou até mesmo se concentrar em outros vencimentos.

"Quando o BC não alonga a posição, o mercado tem de decidir o que fará com ela. Se migra para o futuro, spot (à vista), operações estruturadas ou até mesmo se eleva a demanda no mercado de linha", comentou o operador corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

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