Dólar cai e vai abaixo de R$ 3,25 com formação de Ptax
Às 11:20, a moeda americana recuava 0,63 por cento, a 3,2415 reais na venda, depois de ter marcado a mínima do dia de 3,2335 reais
Reuters
Publicado em 31 de maio de 2017 às 11h47.
Última atualização em 31 de maio de 2017 às 11h47.
São Paulo -O dólar operava em queda e ia abaixo de 3,25 reais nesta quarta-feira, influenciado pela formação da taxa Ptax de final de mês, mas com os investidores ainda cautelosos com os desdobramentos da crise política que atingiu o presidente Michel Temer.
Às 11:20, o dólar recuava 0,63 por cento, a 3,2415 reais na venda, depois de ter marcado a mínima do dia de 3,2335 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,50 por cento.
"Não tem fato novo, nem positivo nem negativo, daí a formação da Ptax se sobressair", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
A Ptax é uma taxa calculada pelo Banco Central e serve de referência para diversos contratos cambiais.
A crise política seguia o radar dos investidores, que aguardam novidades para ajustar suas posições. A expectativa era pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na próxima segunda-feira deve julgar eventual cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer para as eleições de 2014.
Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F. Muitos no mercado acreditam que ele não vai continuar na Presidência, mas ao mesmo tempo que quem o substituir vai continuar com a agenda de reformas.
"No caso de o desfecho for Temer continuar no cargo, é preciso ver as implicações no fiscal", afirmou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
O BC não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial, por enquanto, para esta sessão. Na véspera, o BC concluiu a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- que vencem em junho, no total de 4,435 bilhões de dólares. Em julho, vencem outros 6,939 bilhões de dólares em swaps.
O BC não anunciou também leilão de linha, venda de dólares no mercado à vista com compromisso de recompra, como às vezes faz no último dia do mês. A última vez que fez essa ação foi em 31 de março.