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Dólar cai e vai à casa de R$ 3,15, em sintonia com exterior

Às 10:25, a moeda americana recuava 0,74 por cento, a 3,1591 reais na venda, após ceder 0,55 por cento no pregão passado

Dólar: patamar de 3,15 reais, segundo operadores, pode atrair compras e afetar o movimento de queda (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

Dólar: patamar de 3,15 reais, segundo operadores, pode atrair compras e afetar o movimento de queda (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 10h38.

São Paulo  - O dólar operava em baixa nesta segunda-feira e ia ao patamar de 3,15 reais, sintonizado com o comportamento no mercado externo, após o discurso protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump na semana passada.

Às 10:25, o dólar recuava 0,74 por cento, a 3,1591 reais na venda, após ceder 0,55 por cento no pregão passado. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1582 reais. O dólar futuro cedia cerca de 0,30 por cento.

No intradia, a última vez que o dólar esteve na casa de 3,15 reais foi no dia 12 de janeiro e, se continuar neste ritmo, pode fechar abaixo da cotação antes da eleição de Trump.

"Em tom de cautela, os mercados iniciaram a primeira semana do governo Donald Trump com o pé no freio, refletindo as preocupações com a anunciada gestão protecionista a ser implementada por Trump", informou a corretora Correparti em relatório a clientes.

Trump assumiu o poder como o 45º presidente dos Estados Unidos na sexta-feira e prometeu acabar com o que chamou de "carnificina americana" de problemas sociais e econômicos em um discurso inaugural que foi um clamor populista e nacionalista. Também reforçou o tom protecionista, mas sem entrar em grandes detalhes.

O patamar de 3,15 reais, segundo operadores, pode atrair compras e afetar o movimento de queda. "Nesse preço (do dólar), enxergo que muitos importadores podem fazer seus pagamentos", destacou o sócio da corretora Omnix Vanderley Muniz.

No exterior, o dólar marcou a mínima em um mês e meio ante uma cesta de moedas nesta sessão, influenciado ainda pelo discurso de Trump. Também cedia frente a outras divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Internamente, contribuía para o viés de baixa do dólar a continuidade dos leilões do Banco Central de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares -- com oferta de até 15 mil contratos para rolagem dos vencimentos de fevereiro.

"O swap reforça o viés externo de baixa da moeda", comentou um operador de câmbio de uma corretora local.

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