Dólar cai e chega a nova mínima em um ano frente ao real
A moeda norte-americana se afastou das mínimas da sessão após os preços do petróleo firmarem a queda, limitando a demanda por ativos de risco
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2016 às 12h48.
São Paulo - O dólar recuava a novas mínimas em mais de um ano frente ao real nesta sexta-feira, com operadores avaliando que mesmo os dados fortes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos divulgados nesta manhã não convencerão o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros tão cedo.
A moeda norte-americana se afastou das mínimas da sessão após os preços do petróleo firmarem a queda, limitando a demanda por ativos de risco.
Operadores citavam ainda fluxos de ingresso de recursos ao Brasil, que já haviam contribuído para levar o dólar abaixo de 3,20 reais na sessão passada.
Às 11:25, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,1850 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 3,1600 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 17 de julho de 2015 (3,1520 reais).
O dólar futuro perdia cerca de 0,25 por cento nesta manhã.
"(Os números) não são suficientes para mudar a avaliação de que os juros nos EUA só subirão, no mínimo, em dezembro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
A criação de vagas fora do setor agrícola nos EUA somou 255 mil no mês passado, contra expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.
Após a divulgação dos números, investidores elevaram suas apostas no mercado de juros futuros norte-americanos em aumento da taxa de juros neste ano, mas continuaram sendo minoritárias.
A demora para retomar o aperto monetário tende a ajudar ativos que oferecem rendimentos elevados, como aqueles denominados em reais.
Muitos operadores acreditam que o Fed deve esperar sinais mais contundentes de aceleração da inflação nos Estados Unidos e o impacto da opção britânica pela saída da União Europeia para voltar a elevar os juros.
Por outro lado, o tombo dos preços petróleo contribuía para limitar o apetite por ativos emergentes, em meio a persistentes preocupações com o excesso de oferta e a fraqueza da demanda pela commodity.
No cenário local, operadores citavam fluxos de ingresso de recursos como um dos motivos por trás da queda da moeda norte-americana, como na véspera. Diversas grandes empresas vêm angariando recursos nos mercados externos.
"Desde ontem, estamos ouvindo muitas conversas sobre fluxos de empresa. Parece que o Brasil está ficando atraente", disse o operador da corretora de um banco internacional.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. O BC vem realizando essa operação praticamente todos os dias, mas mudou o horário do leilão desta sexta-feira.
Até a sessão passada, o leilão acontecia entre 9:30 e 9:40, com o resultado divulgado a partir das 9:50, uma hora antes do que o leilão deste pregão. O horário anterior coincidiria com a divulgação dos dados de emprego dos EUA.
Segundo sua assessoria de imprensa, "o BC avaliou que, para hoje, o horário do leilão de swaps é o mais adequado".
Texto atualizado às 12h48
São Paulo - O dólar recuava a novas mínimas em mais de um ano frente ao real nesta sexta-feira, com operadores avaliando que mesmo os dados fortes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos divulgados nesta manhã não convencerão o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros tão cedo.
A moeda norte-americana se afastou das mínimas da sessão após os preços do petróleo firmarem a queda, limitando a demanda por ativos de risco.
Operadores citavam ainda fluxos de ingresso de recursos ao Brasil, que já haviam contribuído para levar o dólar abaixo de 3,20 reais na sessão passada.
Às 11:25, o dólar recuava 0,30 por cento, a 3,1850 reais na venda. A moeda norte-americana atingiu 3,1600 reais na mínima do dia, menor nível intradia desde 17 de julho de 2015 (3,1520 reais).
O dólar futuro perdia cerca de 0,25 por cento nesta manhã.
"(Os números) não são suficientes para mudar a avaliação de que os juros nos EUA só subirão, no mínimo, em dezembro", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
A criação de vagas fora do setor agrícola nos EUA somou 255 mil no mês passado, contra expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.
Após a divulgação dos números, investidores elevaram suas apostas no mercado de juros futuros norte-americanos em aumento da taxa de juros neste ano, mas continuaram sendo minoritárias.
A demora para retomar o aperto monetário tende a ajudar ativos que oferecem rendimentos elevados, como aqueles denominados em reais.
Muitos operadores acreditam que o Fed deve esperar sinais mais contundentes de aceleração da inflação nos Estados Unidos e o impacto da opção britânica pela saída da União Europeia para voltar a elevar os juros.
Por outro lado, o tombo dos preços petróleo contribuía para limitar o apetite por ativos emergentes, em meio a persistentes preocupações com o excesso de oferta e a fraqueza da demanda pela commodity.
No cenário local, operadores citavam fluxos de ingresso de recursos como um dos motivos por trás da queda da moeda norte-americana, como na véspera. Diversas grandes empresas vêm angariando recursos nos mercados externos.
"Desde ontem, estamos ouvindo muitas conversas sobre fluxos de empresa. Parece que o Brasil está ficando atraente", disse o operador da corretora de um banco internacional.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. O BC vem realizando essa operação praticamente todos os dias, mas mudou o horário do leilão desta sexta-feira.
Até a sessão passada, o leilão acontecia entre 9:30 e 9:40, com o resultado divulgado a partir das 9:50, uma hora antes do que o leilão deste pregão. O horário anterior coincidiria com a divulgação dos dados de emprego dos EUA.
Segundo sua assessoria de imprensa, "o BC avaliou que, para hoje, o horário do leilão de swaps é o mais adequado".
Texto atualizado às 12h48