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Dólar cai abaixo de R$3,60 com Bolsonaro eleito presidente

Às 10:20, o dólar recuava 0,69 por cento, a 3,6293 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,5822 reais.

Imagem de arquivo: Nesta segunda-feira, o dólar operava em queda firme (Gary Cameron/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 10h32.

Última atualização em 29 de outubro de 2018 às 10h36.

São Paulo - O dólar operava em queda firme nesta segunda-feira, tendo indo abaixo de 3,60 reais, com os investidores precificando a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial e a promessa de responsabilidade fiscal.

Às 10:20, o dólar recuava 0,69 por cento, a 3,6293 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,5822 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,5 por cento.

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Na sexta-feira, a moeda já havia recuado ao seu menor valor em cinco meses, diante da expectativa de vitória do capitão da reserva do Exército no domingo.

"Os próximos drivers para o dólar local serão a divulgação da equipe econômica e esclarecimentos em relação ao plano de governo", afirmou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara, referindo-se a questões como controle de gastos e reforma da Previdência.

Em seu primeiro discurso após ser declarado vitorioso, Bolsonaro prometeu respeitar a Constituição, fazer um governo democrático e unificar o país, além de defender compromisso com a responsabilidade fiscal.

O economista Paulo Guedes, que comandará o Ministério da Fazenda no novo governo e foi o principal motivo para Bolsonaro angariar o apoio do mercado financeiro, declarou que buscará zerar o déficit fiscal em um ano, além de colocar a reforma da Previdência como prioridade.

No exterior, o dólar opera em queda ante a maioria das divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Ante a cesta de moedas, no entanto, o dólar sobe, em dia de fraqueza do euro após a chanceler da Alemanha Angela Merkel ter declarado que não buscará uma reeleição como presidente do partido, marcando o fim de uma era de 13 anos em que ela dominou a política europeia.

No geral, entretanto, seguem as preocupações com a guerra comercial e seus efeitos sobre o crescimento, sobretudo da China, Brexit, orçamento italiano e alta de juros nos Estados Unidos.

"A longa lista de problemas lá fora volta a ganhar destaque e pode inibir a queda (do dólar ante o real) daqui em diante", disse o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de 8,027 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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