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Dólar cai 0,8% ante o real, com alívio na cena política

A moeda americana caiu ante o real refletindo o alívio no quadro político brasileiro

Notas de dólar: a moeda americana fechou em queda de 0,81%, a 3,4596 reais na venda (Mark Wilson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 18h31.

São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta quinta-feira, refletindo algum alívio no quadro político brasileiro, após a aprovação do projeto que reverte parte da desoneração da folha de pagamento, e expectativa de entrada de recursos no país graças ao plano de regularização de recursos externos proposto pelo governo .

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,81 por cento, a 3,4596 reais na venda. Na abertura da sessão, o dólar chegou a subir 0,81 por cento, atingindo 3,5159 reais na máxima do dia.

O movimento veio em linha com a aversão ao risco nos mercados globais devido a preocupações com a desaceleração da economia da China, após nova queda das bolsas do país asiático.

"O câmbio hoje refletiu o alívio no cenário doméstico... Mas o mercado, de uma maneira geral, está trabalhando com os dados diários, não tem mais cenário para semana ou mês, tudo depende das notícias do dia", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Na véspera, o Senado aprovou o projeto de lei que reverte parte das desonerações da folha de pagamento, a principal medida do governo em seus esforços para ajustar as contas públicas. A aprovação parlamentar desse projeto vinha sendo dificultada por atritos entre o Executivo e o Legislativo, que vêm pressionando os mercados brasileiros.

O mercado reagiu também à informação publicada na coluna Radar On-line, no site da revista Veja, de que o projeto de regularização de recursos que brasileiros no exterior e que não foram declarados à Receita Federal deve ser votado nos próximos dias. No fim do dia, o Ministério Público Federal apresentou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suspeita de envolvimento nas irregularidades investigadas pela operação Lava Jato.

Operadores ressaltaram que a perda de fôlego do dólar durante a sessão também refletiu a percepção de que o Banco Central brasileiro se incomodaria com um dólar acima de 3,50 reais, por causa da inflação.

Analistas da corretora Lerosa Investimentos identificaram esse patamar como um "teto psicológico estabelecido pelo BC", que aumentou sua intervenção no câmbio no momento em que o dólar era negociado acima de 3,5 reais.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou 6,498 bilhões de dólares, ou cerca de 65 por cento, do total de 10,027 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

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São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta quinta-feira, refletindo algum alívio no quadro político brasileiro, após a aprovação do projeto que reverte parte da desoneração da folha de pagamento, e expectativa de entrada de recursos no país graças ao plano de regularização de recursos externos proposto pelo governo .

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,81 por cento, a 3,4596 reais na venda. Na abertura da sessão, o dólar chegou a subir 0,81 por cento, atingindo 3,5159 reais na máxima do dia.

O movimento veio em linha com a aversão ao risco nos mercados globais devido a preocupações com a desaceleração da economia da China, após nova queda das bolsas do país asiático.

"O câmbio hoje refletiu o alívio no cenário doméstico... Mas o mercado, de uma maneira geral, está trabalhando com os dados diários, não tem mais cenário para semana ou mês, tudo depende das notícias do dia", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Na véspera, o Senado aprovou o projeto de lei que reverte parte das desonerações da folha de pagamento, a principal medida do governo em seus esforços para ajustar as contas públicas. A aprovação parlamentar desse projeto vinha sendo dificultada por atritos entre o Executivo e o Legislativo, que vêm pressionando os mercados brasileiros.

O mercado reagiu também à informação publicada na coluna Radar On-line, no site da revista Veja, de que o projeto de regularização de recursos que brasileiros no exterior e que não foram declarados à Receita Federal deve ser votado nos próximos dias. No fim do dia, o Ministério Público Federal apresentou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suspeita de envolvimento nas irregularidades investigadas pela operação Lava Jato.

Operadores ressaltaram que a perda de fôlego do dólar durante a sessão também refletiu a percepção de que o Banco Central brasileiro se incomodaria com um dólar acima de 3,50 reais, por causa da inflação.

Analistas da corretora Lerosa Investimentos identificaram esse patamar como um "teto psicológico estabelecido pelo BC", que aumentou sua intervenção no câmbio no momento em que o dólar era negociado acima de 3,5 reais.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou 6,498 bilhões de dólares, ou cerca de 65 por cento, do total de 10,027 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

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