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Dólar cai 0,61% e vai abaixo de R$ 3,55

O dólar fechou em queda e foi abaixo do patamar de 3,55 reais em sessão marcada pela a ausência de intervenções do Banco Central


	Dólares: dólar recuou 0,61 por cento, a 3,5485 reais na venda
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: dólar recuou 0,61 por cento, a 3,5485 reais na venda (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 17h25.

São Paulo - O dólar fechou em queda e foi abaixo do patamar de 3,55 reais nesta segunda-feira, em sessão marcada pela a ausência de intervenções do Banco Central e com investidores atentos aos nomes que devem formar a equipe econômica do provável governo de Michel Temer.

O dólar recuou 0,61 por cento, a 3,5485 reais na venda, após subir 1,07 por cento na sexta-feira..

O dólar futuro caía cerca de 0,8 por cento no fim da tarde.

"Os nomes especulados são bem recebidos... O mercado aposta que virão para a equipe econômica nomes bem conceituados que trarão credibilidade para o governo", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.

Notícias publicadas no fim de semana reforçaram a possibilidade de o ex-presidente do BC Henrique Meirelles ficar à frente do Ministério da Fazenda quando Temer assumir a Presidência, caso o Senado confirme o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Meirelles esteve com o vice-presidente no sábado, em Brasília.

Também circularam os nomes de Murilo Portugal, presidente da Febraban, e do senador José Serra (PSDB-SP) para o Ministério da Fazenda de Temer, além do ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo para assumir a autoridade monetária.

O Senado cria nesta segunda-feira a comissão especial que avaliará o processo de impeachment de Dilma. Depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado o processo de afastamento da presidente, o Senado terá de corroborar a decisão, o que já afastaria Dilma por até seis meses, até o julgamento final do processo na Casa.

A ausência do BC no mercado também ajudou a queda do dólar nesta sessão. A autoridade monetária vinha atuando fortemente com a realização de swaps cambiais reversos --equivalentes a compra futura de dólar--, mas reduziu a intensidade recentemente. Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na semana passada que o BC atuaria com "mão mais leve" no câmbio.

"Com a ausência do BC e o volume pequeno, o mercado se acomodou um pouco para baixo e ficou", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

No exterior, permaneceu o clima de cautela, à espera da reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira. De maneira geral, a expectativa é que o Fed mantenha os juros, mas sinalize a possibilidade de aumento em breve. Juros mais altos nos EUA podem levar investidores a transferirem para a maior economia do mundo recursos alocados em outros países, como o Brasil.

Texto atualizado às 17h25
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