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Dólar cai 0,53% ante real, com melhora no exterior

A moeda norte-americana encerrou em queda de 0,53 por cento, cotada a 1,9521 real na venda

Dólar superava 1,80 real pela primeira vez em um mês (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 17h51.

São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, acompanhando uma melhora do cenário externo e devolvendo as fortes altas vistas nos últimos dois dias, com investidores aproveitando para obter lucros, de acordo com operadores. A moeda norte-americana encerrou em queda de 0,53 por cento, cotada a 1,9521 real na venda. Ainda assim, a divisa fechou com a maior cotação desde o dia 14 de julho de 2009, quando encerrou cotada a 1,9700 real.

Durante o pregão desta quinta-feira, o dólar oscilou entre 1,9443 real e 1,9701 real. "A queda foi impulsionada pelo cenário externo e pelo movimento de alta das últimas sessões, devolvendo parte dessa alta", disse o gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor, Luiz Henrique de Paula. Na véspera, a divisa norte-americana subiu 1,23 por cento, cotada a 1,9625 real na venda. Na terça-feira, a moeda também já havia subido quase 1 por cento.

Na manhã desta quinta-feira, o dólar chegou a subir, ficando volátil com o ambiente internacional ainda indefinido, mas com a melhora das bolsas no exterior encontrou espaço para operar em queda e ampliar suas perdas, apenas diminuindo um pouco esse recuo perto do fechamento do pregão. Entre os indicadores que ajudaram a levar a uma alta dos bolsas estão o recuo de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos.


As novas solicitações caíram no país em 1 mil, para 367 mil. Economistas previam que os pedidos subiriam para 369 mil na semana passada. Apesar da queda vista nesta quinta-feira, o gerente Luiz Henrique de Paula afirmou que o dólar ainda está em patamar alto, levando até indicadores de inflação a virem mais altos. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), anunciado nesta quinta-feira, reportou avanço de 0,89 por cento na primeira prévia de maio, ante elevação de 0,50 por cento no mesmo período de abril.

Na véspera, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril mostrou alta de 0,64 por cento, após alta de 0,21 por cento no mês anterior. Discurso de membros do governo, no entanto, indicaram que o dólar elevado não traz preocupações em relação à inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que a alta da moeda norte-americana e a inflação não são motivo de preocupação. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, por sua vez, que a autoridade monetária continuará avaliando todos os impactos da inflação, inclusive do câmbio.

Um operador que prefere não ser identificado também acredita que o dólar caiu ante o real em função principalmente do exterior, com a moeda devolvendo altas anteriores e podendo seguir o movimento externo depois de oito sessões consecutivas -completadas nesta quinta-feira- sem atuação do Banco Central no mercado cambial.

No entanto, ele diz acreditar que o mercado pode continuar volátil nos próximos dias. "O mercado está bem nervoso e com bastante volatilidade. Qualquer notícia mais negativa pode fazer o dólar voltar a subir", completou. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, acompanhando uma melhora do cenário externo e devolvendo as fortes altas vistas nos últimos dois dias, com investidores aproveitando para obter lucros, de acordo com operadores. A moeda norte-americana encerrou em queda de 0,53 por cento, cotada a 1,9521 real na venda. Ainda assim, a divisa fechou com a maior cotação desde o dia 14 de julho de 2009, quando encerrou cotada a 1,9700 real.

Durante o pregão desta quinta-feira, o dólar oscilou entre 1,9443 real e 1,9701 real. "A queda foi impulsionada pelo cenário externo e pelo movimento de alta das últimas sessões, devolvendo parte dessa alta", disse o gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor, Luiz Henrique de Paula. Na véspera, a divisa norte-americana subiu 1,23 por cento, cotada a 1,9625 real na venda. Na terça-feira, a moeda também já havia subido quase 1 por cento.

Na manhã desta quinta-feira, o dólar chegou a subir, ficando volátil com o ambiente internacional ainda indefinido, mas com a melhora das bolsas no exterior encontrou espaço para operar em queda e ampliar suas perdas, apenas diminuindo um pouco esse recuo perto do fechamento do pregão. Entre os indicadores que ajudaram a levar a uma alta dos bolsas estão o recuo de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos.


As novas solicitações caíram no país em 1 mil, para 367 mil. Economistas previam que os pedidos subiriam para 369 mil na semana passada. Apesar da queda vista nesta quinta-feira, o gerente Luiz Henrique de Paula afirmou que o dólar ainda está em patamar alto, levando até indicadores de inflação a virem mais altos. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), anunciado nesta quinta-feira, reportou avanço de 0,89 por cento na primeira prévia de maio, ante elevação de 0,50 por cento no mesmo período de abril.

Na véspera, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril mostrou alta de 0,64 por cento, após alta de 0,21 por cento no mês anterior. Discurso de membros do governo, no entanto, indicaram que o dólar elevado não traz preocupações em relação à inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que a alta da moeda norte-americana e a inflação não são motivo de preocupação. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, por sua vez, que a autoridade monetária continuará avaliando todos os impactos da inflação, inclusive do câmbio.

Um operador que prefere não ser identificado também acredita que o dólar caiu ante o real em função principalmente do exterior, com a moeda devolvendo altas anteriores e podendo seguir o movimento externo depois de oito sessões consecutivas -completadas nesta quinta-feira- sem atuação do Banco Central no mercado cambial.

No entanto, ele diz acreditar que o mercado pode continuar volátil nos próximos dias. "O mercado está bem nervoso e com bastante volatilidade. Qualquer notícia mais negativa pode fazer o dólar voltar a subir", completou. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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