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Dólar cai 0,18% com dado de emprego dos EUA

O dólar recuou 0,18%, a 3,2166 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda bateu em 3,1918 reais e, na máxima, a 3,2422 reais

Dólar: na semana, a moeda recuou 1,08% (Paul Nicholson/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2016 às 19h34.

São Paulo - O dólar terminou a sexta-feira em baixa ante o real, influenciado pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado e que podem levar o banco central norte-americano a adiar o aumento do juros no país.

O dólar recuou 0,18 por cento, a 3,2166 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda bateu em 3,1918 reais e, na máxima, a 3,2422 reais. Na semana, a moeda recuou 1,08 por cento. O dólar futuro cedia cerca de 0,4 por cento nesta tarde.

"Apesar do dado do mercado de trabalho, o dólar ficou volátil. Depois de cair quase 1 por cento, passou a subir e, no final das contas, ficou no negativo com o exterior", comentou um profissional de câmbio de um banco nacional.

O Departamento do Trabalho informou que a criação de vagas nos Estados Unidos somou 156 mil em setembro, abaixo da previsão dos analistas de abertura de 175 mil postos.

"O dado norte-americano veio muito abaixo do esperado o que diminui a possibilidade de o Fed aumentar os juros. Nem mesmo a Mester defendendo alta dos juros vai colar hoje, o número é o que importa", disse pela manhã o operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

Pouco antes da pesquisa do Departamento do Trabalho, levantamento do CME indicava que os operadores viam 64 por cento de chance de o Federal Reserve elevar os juros na reunião de dezembro, número estável em relação à véspera.

À tarde, segundo profissionais das mesas, essa chance estava em 64,5 por cento.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que o crescimento do emprego dos Estados Unidos no mês passado foi "sólido", apesar de ter desacelerado ante os meses anteriores, e que ela continua a acreditar que é apropriado para o banco central norte-americano elevar os juros.

A moeda norte-americana, no entanto, operou em alta. Fluxo comprador içou a moeda quando ela cedeu abaixo de 3,20 reais, e o movimento contou com a contribuição do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, que fez declarações reforçando a fala de mais cedo de Mester.

Segundo Fischer, o relatório de emprego desta sexta-feira está perto de uma leitura ideal, o que mostra que a economia avançou, mas não rápido demais para apresentar riscos.

"Houve uma reação muito exagerada quando saiu o dado do mercado de trabalho norte-americano, então muitos investidores também passaram a zerar posições vendidas", comentou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

A moeda norte-americana tem se sustentado num nível entre 3,20 reais e 3,30 reais, a que o mercado se refere como uma 'banda' informal.

A expectativa pelo final de semana prolongado, já que segunda-feira é feriado nos Estados Unidos, e pelo segundo debate entre os candidatos à Presidência dos EUA Hillary Clinton (Democrata) e Donald Trump (Republicano) também ajudou a amenizar a forte tendência de queda vista pela manhã.

Internamente, a aprovação da PEC do teto dos gastos na quinta-feira pela comissão especial da Câmara, a expectativa de que o plenário aprove em primeiro turno já na semana que vem e a inflação mais fraca medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) serviram como pano de fundo favorável ao recuo do dólar ante o real.

O Banco Central vendeu nesta manhã o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

Texto atualizado às 18h34

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São Paulo - O dólar terminou a sexta-feira em baixa ante o real, influenciado pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado e que podem levar o banco central norte-americano a adiar o aumento do juros no país.

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"Apesar do dado do mercado de trabalho, o dólar ficou volátil. Depois de cair quase 1 por cento, passou a subir e, no final das contas, ficou no negativo com o exterior", comentou um profissional de câmbio de um banco nacional.

O Departamento do Trabalho informou que a criação de vagas nos Estados Unidos somou 156 mil em setembro, abaixo da previsão dos analistas de abertura de 175 mil postos.

"O dado norte-americano veio muito abaixo do esperado o que diminui a possibilidade de o Fed aumentar os juros. Nem mesmo a Mester defendendo alta dos juros vai colar hoje, o número é o que importa", disse pela manhã o operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

Pouco antes da pesquisa do Departamento do Trabalho, levantamento do CME indicava que os operadores viam 64 por cento de chance de o Federal Reserve elevar os juros na reunião de dezembro, número estável em relação à véspera.

À tarde, segundo profissionais das mesas, essa chance estava em 64,5 por cento.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que o crescimento do emprego dos Estados Unidos no mês passado foi "sólido", apesar de ter desacelerado ante os meses anteriores, e que ela continua a acreditar que é apropriado para o banco central norte-americano elevar os juros.

A moeda norte-americana, no entanto, operou em alta. Fluxo comprador içou a moeda quando ela cedeu abaixo de 3,20 reais, e o movimento contou com a contribuição do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, que fez declarações reforçando a fala de mais cedo de Mester.

Segundo Fischer, o relatório de emprego desta sexta-feira está perto de uma leitura ideal, o que mostra que a economia avançou, mas não rápido demais para apresentar riscos.

"Houve uma reação muito exagerada quando saiu o dado do mercado de trabalho norte-americano, então muitos investidores também passaram a zerar posições vendidas", comentou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

A moeda norte-americana tem se sustentado num nível entre 3,20 reais e 3,30 reais, a que o mercado se refere como uma 'banda' informal.

A expectativa pelo final de semana prolongado, já que segunda-feira é feriado nos Estados Unidos, e pelo segundo debate entre os candidatos à Presidência dos EUA Hillary Clinton (Democrata) e Donald Trump (Republicano) também ajudou a amenizar a forte tendência de queda vista pela manhã.

Internamente, a aprovação da PEC do teto dos gastos na quinta-feira pela comissão especial da Câmara, a expectativa de que o plenário aprove em primeiro turno já na semana que vem e a inflação mais fraca medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) serviram como pano de fundo favorável ao recuo do dólar ante o real.

O Banco Central vendeu nesta manhã o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

Texto atualizado às 18h34

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