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Dólar toca R$ 4,02 pela 1ª vez no ano com dados fracos de China e EUA

Às 12:17,o dólar avançava 0,61%, a 4,0002 reais na venda

Câmbio: dólar subia ante o real nesta quarta-feira (Tomasz Zajda/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2019 às 09h18.

Última atualização em 15 de maio de 2019 às 12h34.

São Paulo — O dólar subia ante o real nesta quarta-feira, tendo superado o patamar de 4,02 reais pela primeira vez no ano, em meio à renovada aversão ao risco após a divulgação de dados fracos sobre a economia chinesa e queda inesperada nas vendas no varejo dos Estados Unidos em abril.

O dólar ganhou impulso com dados mais fracos da China e dos EUA, enquanto os dois países seguem envoltos numa guerra comercial que coloca em risco o ritmo da atividade econômica mundial.

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Mas a cotação saiu das máximas do dia após autoridades do governo dos Estados Unidos afirmarem à Reuters que o presidente norte-americano, Donald Trump, deve adiar a decisão sobre tarifas de carros e peças importados em até seis meses, o que ajudaria a amenizar tensões comerciais.

Às 12:17,o dólar avançava 0,61%, a 4,0002 reais na venda

Na máxima do pregão, o dólar à vista bateu 4,0225 reais, ganho de 1,17%.

Na B3, o dólar futuroganhava cerca de 0,6% neste pregão, também fora dos picos da sessão.

Na véspera, a moeda norte-americana encerrou com variação negativa de 0,09%, a 3,9758 reais na venda.

"A frustração das expectativas faz preço e se soma ao cenário de alta tensão no âmbito comercial, alimentando a falta de 'coragem' de investidores em ensaiar uma recuperação mais expressiva dos principais ativos de risco globais após delicadas sessões recentes", disse a corretora H.Commcor em nota.

Do lado doméstico, o mercado segue monitorando o noticiário político em dia que deverá ser marcado por manifestações contra o governo de Jair Bolsonaro devido a cortes nas verbas das universidades públicas.

No fim da terça-feira, parlamentares da oposição e do centrão se uniram e conseguiram aprovar uma convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que deverá ir à Câmara para explicações sobre o contigenciamento.

"Toda a história com o ministro da Educação, com a possibilidade de greve por conta do corte no MEC e a decisão unânime da Câmara em chamá-lo sugere mais um ponto de fraqueza do governo", afirmou a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Bolsonaro e alguns de seus ministros, incluindo o da Economia, Paulo Guedes, viajam aos Estados Unidos nesta quarta-feira.

O Banco Central vendeu nesta quarta-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em dez operações, o BC já rolou 2,525 bilhões de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

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