Exame Logo

Dólar acelera alta e vai a R$2,25, em dia de poucos negócios

Investidores ainda estavam preocupados com o cenário fiscal brasileiro e de olho na possível redução dos estímulos monetários norte-americanos em breve

Notas e moedas de dólar: às 14h53, o dólar avançava 0,77 por cento, para 2,3560 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em cerca de 900 milhões de dólares (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 14h07.

São paulo - O dólar acelerava a alta e voltava a 2,35 reais nesta segunda-feira, com os investidores ainda preocupados com o cenário fiscal brasileiro e de olho na possível redução dos estímulos monetários norte-americanos em breve.

O avanço ganhava fôlego após o setor industrial dos Estados Unidos expandir no ritmo mais rápido em dois anos e meio em novembro, sugerindo que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode dar início à redução do programa de compra de títulos mais cedo do que o esperado, enxugando a liquidez global.

Às 14h53, o dólar avançava 0,77 por cento, para 2,3560 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em cerca de 900 milhões de dólares.

"Duvidamos que o fôlego local (nos mercados emergentes) consiga ofuscar preocupações com os dados de emprego dos Estados Unidos a serem divulgados em breve e com a decisão do Fed de dezembro", escreveu o diretor de gestão de estratégia de mercados emergentes do Citibank, Dirk Willer, em relatório.

O analista referia-se ao relatório de empregos dos EUA, que será divulgado na sexta-feira, que investidores aguardam em busca de novos sinais sobre quando o Federal Reserve dará início à redução do seu programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais.

Além dos dados do setor industrial, os gastos com construção nos EUA subiram para o nível mais alto em quase quatro anos e meio em outubro, com uma recuperação em projetos de construção pública compensando queda nos gastos privados.


No cenário interno, o setor público brasileiro registrou superávit primário de 6,188 bilhões de reais em outubro, pior resultado para esses meses e muito aquém das expectativas, piorando ainda mais o cenário fiscal do país e aumentando as expectativas de piora na avaliação do país, algo que pode afugentar o investidor de fora.

Outras moedas de países com perfil semelhante ao real, como o dólar neozeolandês, também ganhavam fôlego ante a divida norte-americana nesta manhã, após a divulgação de dados econômicos mais fortes na China.

"Os dados melhores que saíram da China acabam, de uma forma ou de outra, afetando nosso mercado de câmbio", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O BC brasileiro também realizou nesta segunda-feira mais um leilão de swap cambial tradicional previsto em seu cronograma de atuações, após a autoridade monetária afirmar, por meio da assessoria de imprensa, que passará a anunciar as atuações do programa de intervenções diárias entre 18h30 e 19h por "motivos operacionais", e não mais após às 19h30.

Foram vendidos 5 mil contratos com vencimento em 5 de março e 5 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. O volume financeiro da operação foi de 497,3 milhões de dólares.

Veja também

São paulo - O dólar acelerava a alta e voltava a 2,35 reais nesta segunda-feira, com os investidores ainda preocupados com o cenário fiscal brasileiro e de olho na possível redução dos estímulos monetários norte-americanos em breve.

O avanço ganhava fôlego após o setor industrial dos Estados Unidos expandir no ritmo mais rápido em dois anos e meio em novembro, sugerindo que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode dar início à redução do programa de compra de títulos mais cedo do que o esperado, enxugando a liquidez global.

Às 14h53, o dólar avançava 0,77 por cento, para 2,3560 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em cerca de 900 milhões de dólares.

"Duvidamos que o fôlego local (nos mercados emergentes) consiga ofuscar preocupações com os dados de emprego dos Estados Unidos a serem divulgados em breve e com a decisão do Fed de dezembro", escreveu o diretor de gestão de estratégia de mercados emergentes do Citibank, Dirk Willer, em relatório.

O analista referia-se ao relatório de empregos dos EUA, que será divulgado na sexta-feira, que investidores aguardam em busca de novos sinais sobre quando o Federal Reserve dará início à redução do seu programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais.

Além dos dados do setor industrial, os gastos com construção nos EUA subiram para o nível mais alto em quase quatro anos e meio em outubro, com uma recuperação em projetos de construção pública compensando queda nos gastos privados.


No cenário interno, o setor público brasileiro registrou superávit primário de 6,188 bilhões de reais em outubro, pior resultado para esses meses e muito aquém das expectativas, piorando ainda mais o cenário fiscal do país e aumentando as expectativas de piora na avaliação do país, algo que pode afugentar o investidor de fora.

Outras moedas de países com perfil semelhante ao real, como o dólar neozeolandês, também ganhavam fôlego ante a divida norte-americana nesta manhã, após a divulgação de dados econômicos mais fortes na China.

"Os dados melhores que saíram da China acabam, de uma forma ou de outra, afetando nosso mercado de câmbio", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O BC brasileiro também realizou nesta segunda-feira mais um leilão de swap cambial tradicional previsto em seu cronograma de atuações, após a autoridade monetária afirmar, por meio da assessoria de imprensa, que passará a anunciar as atuações do programa de intervenções diárias entre 18h30 e 19h por "motivos operacionais", e não mais após às 19h30.

Foram vendidos 5 mil contratos com vencimento em 5 de março e 5 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. O volume financeiro da operação foi de 497,3 milhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame